Havana, 22 de maio (RHC).- A reunião de chanceleres do Conselho Político da ALBA – Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América concluiu ontem em Havana. Estava presente o chefe de Estado cubano, Miguel Díaz-Canel.

A declaração final expressa preocupação pela escalada agressiva na região, as ações contra a paz e a segurança, e as ameaças de uso da força contra a Venezuela, que significam riscos para a paz nesta zona geográfica.

Destaca a resistência do governo e povo venezuelanos ante a ingerência externa e reitera o apoio ao presidente constitucional Nicolás Maduro e à iniciativa do Mecanismo de Montevidéu, cujo propósito é preservar a paz nesse país a partir dos princípios de não intervenção nos assuntos internos, igualdade soberana dos Estados e solução pacífica dos litígios.

O texto sublinha que a aplicação de medidas coercitivas unilaterais viola a liberdade de comércio e navegação, ameaça a paz e a segurança internacionais, e restringe o desfrute dos direitos humanos. Quanto à Nicarágua, o Conselho Político da ALBA respaldou o processo de diálogo e negociações promovido pelo governo.

Também, rejeita a postura de ingerência dos EUA, que mais uma vez utilizam a OEA – Organização de Estados Americanos e seu secretário-geral, Luis Almagro, para tentarem impor sua política de intervenção contra a soberania, livre determinação e ordem constitucional da Venezuela, Nicarágua e Cuba.

Rechaça a chamada Doutrina Monroe e exige o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA contra Cuba, endurecido recentemente com a ativação do título Três da Lei Helms – Burton.

A declaração final da reunião do Conselho Político da ALBA, encerrada ontem na capital cubana, rejeita o uso seletivo e com motivação política do tema dos direitos humanos, e reitera o compromisso do bloco regional com a concertação política, colaboração, integração e defesa da unidade ante a ingerência e dominação política e econômica.