Havana, 7 de junho (RHC).- Alexander Schetinin, chefe do Departamento da América Latina na chancelaria russa, tachou de cínico o endurecimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba, e reiterou o rechaço a essa sanção unilateral que viola os princípios do direito internacional.
Em declarações à agência Prensa Latina, Schetinin apontou que as novas medidas de Washington prejudicam e economia cubana e portanto o bem-estar da população. Garantiu que a Rússia continuará colaborando com Cuba, confiante em sua solidez, perspectivas e decisão de prosseguir com o desenvolvimento econômico e social do país.
Na China, Pan Deng, especialista da Universidade de Ciências Políticas e Direito, criticou os empecilhos colocados pelo governo norte-americano para dificultar os contatos entre os povos, e no Brasil, o PT – Partido dos Trabalhadores denunciou que as sanções de Washington contra Cuba atentam contra o direito internacional.
A Campanha de Solidariedade a Cuba na Grã-Bretanha rejeitou as novas medidas dos EUA e disse que se trata de outro ataque injustificável contra o povo cubano. Rob Miller, chefe do grupo, apontou que a decisão de proibir as viagens de cruzeiros ao território cubano e reduzir ao mínimo o contato de povo a povo tem como objetivo prejudicar o setor do turismo, principal fonte de ingressos da economia cubana.
Em Havana, o Movimento Cubano pela Paz e Soberania dos Povos rejeitou energicamente o recente pacote anticubano aplicado por Washington, especialmente a ativação do título Três da Lei Helms – Burton, de marcante caráter extraterritorial. Advertiu que a América Latina e Caribe vivem uma conjuntura de aberta ingerência e intervenção baseada no retorno da chamada Doutrina Monroe.