Havana, 11 de novembro (RHC).- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, chamou a zelar pela integridade física do ex-mandatário da Bolívia, Evo Morales, que foi obrigado a se demitir ontem em meio a um golpe de Estado.
“Golpe na Bolívia ao coração da democracia e dos povos da Nossa América”, postou Díaz-Canel no Twitter.
“A direita com violento e covarde golpe de Estado atenta contra a democracia na Bolívia. Nossa enérgica condenação ao golpe de Estado e nossa solidariedade ao irmão Presidente. O mundo deve se mobilizar pela vida e a liberdade de Evo”, indicou.
Noutra mensagem, Díaz-Canel questionou: “Como e quem se articulou contra o único governo boliviano que fez obra pelos humildes?”. E denunciou o rompimento da legalidade nessa nação.
Em Havana, Yoandra Muro, chefe da missão médica cubana na Bolívia, informou que os profissionais desta Ilha que cooperam no país sul-americano estão seguros em suas residências, se mantêm informados e se comportam à altura da situação.
“Todas as medidas de segurança estão tomadas e têm alimentação”, declarou pelo telefone aos canais de televisão desta Ilha. Na Bolívia colaboram 701 especialistas e técnicos da saúde cubanos, espalhados por vários departamentos. Eles participam de programas de atendimento à população impulsionados pelo governo.
Por sua vez, a embaixadora da Bolívia em Havana, Ariana Campero, disse que o motivo do golpe foi o interesse de se apropriar dos recursos naturais e barrar o processo de mudança no país. Recordou que existem em seu território as maiores reservas de lítio do mundo e notáveis jazidas de gás. A diplomata condenou a violência racista da direita.
Campero lembrou que durante o mandato de Evo Morales, iniciado em 2006, a pobreza na Bolívia foi reduzida à metade graças às políticas econômicas, aos programas sociais e à distribuição equitativa das riquezas.