Havana, 21 de fevereiro (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel afirmou que Cuba “é uma nação de amizade, solidariedade e relações respeitosas com o mundo”.
Falando na reunião de balanço do trabalho do ministério das Relações Exteriores em 2019, sublinhou a coerência, coragem e firmeza de princípios que manteve a diplomacia durante esse complexo período, dando continuidade às seis décadas dessa política da Revolução.
“Estamos vivendo um momento em que o governo dos EUA aplicou o que nunca antes tinha sido aplicado”, apontou Díaz-Canel referindo-se ao endurecimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro, à perseguição no âmbito das finanças e ao empenho de barrar a chegada de combustível a Cuba.
Advertiu que a isso se somam as campanhas para desacreditar aspectos como o turismo, a segurança cidadã, a saúde, a liberdade religiosa, o racismo, os direitos humanos e o sistema judicial cubano.
No plano regional, o mandatário ressaltou a importância da ALBA – Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América como espaço de integração, e projetos como a Operação Milagre, que permitiu recuperar a visão de mais de três milhões de pessoas, e PetroCaribe, encaminhado a melhorar a situação energética de vários países.
Na reunião, destacou-se o processo de consolidação dos laços com a Rússia, China e Vietnã, e os desafios nas relações com os EUA num contexto de deterioração dos contatos bilaterais e de aumento da hostilidade de Washington.
Ontem, o presidente cubano esteve também na reunião do ministério de Indústrias para examinar o trabalho feito no setor no ano passado. Ali, reiterou a necessidade de fomentar as exportações para impulsionar o desenvolvimento da economia nacional. Disse que a combinação de poupança e eficiência é crucial para o país.
O debate girou em torno da produção de itens de grande demanda popular, a política de embalagens, a produção e reciclagem de maquinarias e equipamentos, o desenvolvimento industrial, os investimentos no setor e a substituição de importações.
Nesta sexta-feira, Díaz-Canel e o primeiro-ministro Manuel Marrero assistem ao balanço anual do ministério do Comércio Interior. São debatidos temas relacionados com a circulação mercantil, o comércio de atacado e varejo, o programa de poupança de energia e outras questões.