Havana, 19 de março (RHC).- A companhia proprietária do cruzeiro “MS Braemar” agradeceu o gesto solidário de Cuba, que permitiu atracar a embarcação no porto de Mariel, perto de Havana, para evacuar os passageiros a bordo pela via aérea à Grã-Bretanha.

Peter Deer, diretor administrativo da empresa de navegação, disse que o apoio cubano não será esquecido, e lembrou que outros países negaram-se a ajudar na operação humanitária. Ressaltou que graças à generosidade desta Ilha, os turistas e tripulantes puderam voltar a suas casas.

Em termos semelhantes se expressou o chanceler britânico, Dominic Raab. Por sua vez, o jornal “The Independent” disse que se tratou de um verdadeiro sinal de solidariedade global. A evacuação do pessoal realizou-se ontem com as medidas de proteção correspondentes para este tipo de operação.

Referindo-se ao assunto, o ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, disse que o país oferece sua solidariedade com fatos como o de facilitar a evacuação das pessoas que estavam a bordo da embarcação. No Twitter, evocou o líder histórico da Revolução, Fidel Castro, quando sublinhou que os cubanos praticam a solidariedade nas relações com outros país não só com belas palavras.

Nesse contexto, em várias nações caribenhas houve interesse pelo interferon alfa2B recombinante humano, concebido por cientistas cubanos, que vem sendo utilizado na China para tratar os pacientes do novo coronavírus.

Na Jamaica, o presidente do Partido Nacional do Povo, Peter Philips, indicou que Cuba expressou sua disposição de colocar o medicamento à disposição do seu país se for solicitado pelo governo jamaicano. Em Trinidad e Tobago, o Diretor Médico, Roshan Parasram, solicitou informação sobre o produto cubano ante a detecção de sete casos positivos nessa nação.

Interesse semelhante tem sido externado pelas autoridades da Itália, Venezuela, Nicarágua e São Vicente e Granadinas. O interferon alfa2B não é uma vacina, e sim um medicamento que estimula o sistema imunitário dos pacientes.