Havana, 23 de junho (RHC).- A resposta de Cuba ante a pandemia foi abordada em dois debates online na Grã-Bretanha e na Itália. Um deles, promovido pela Campanha de Solidariedade no Reino Unido, teve mais de 200 participantes.
Gail Reed, jornalista norte-americana fundadora da revista MEDICC, afirmou que nesta Ilha a saúde é um direito, e não uma mercadoria como ocorre nos EUA onde o paciente tem de se preocupar também com o que terá de pagar pela atenção.
Ressaltou a noção de cooperação médica global promovida pelo líder histórico da Revolução, Fidel Castro, e o fato de Cuba ter vencido a Covid-19 com pouco mais de 2.300 contagiados e 85 óbitos até agora.
Por sua vez, Alice Walker, diretora-executiva da organização Pastores pela Paz, ressaltou que nas faculdades cubanas têm se formado em medicina milhares de jovens de outros países, inclusive quase 200 norte-americanos, apesar das limitações ocasionadas pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA, vigente desde o começo da década de 1960.
No debate online, a doutora britânica Lara McNeill, da executiva nacional do partido Trabalhista, elogiou o sistema de saúde cubano, gratuito e de acesso universal, e sublinhou que esta Ilha demonstra sua solidariedade internacional “com fatos, não com palavras”.
A embaixadora cubana no Reino Unido, Bárbara Montalvo, agradeceu os gestos de solidariedade dos participantes. O diretor da Campanha britânica, Rob Miller, anunciou que essa organização arrecadou quase 30 mil libras esterlinas para ajudar o sistema de saúde deste país.
Noutro encontro online, auspiciado pela principal central sindical italiana em Turim, o Sindicato de Trabalhadores da Comunicação e o Círculo nessa cidade da Associação Nacional de Amizade Itália-Cuba, destacou-se o humanismo, profissionalismo e vocação solidária da brigada médica cubana enviada às regiões de Lombardia e Piamonte atendendo pedido das autoridades locais para ajudar a enfrentar a Covid-19. Nos dois lugares a situação epidemiológica era preocupante nesse instante.
Os participantes ressaltaram o altruísmo dos médicos e enfermeiros, a eficácia de seu trabalho e os princípios de humanismo e solidariedade que constituem alicerces do sistema de saúde em Cuba.