Havana, 2 de outubro (RHC).- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, destacou a retomada do processo de normalização das atividades econômicas e sociais em Havana após vencer a segunda onda da pandemia na capital.

Disse que isso foi possível graças à experiência acumulada nos meses de enfrentamento à Covid-19 e à capacidade de resposta desenvolvida no país.

Ao falar na reunião diária sobre a situação epidemiológica, apontou que a decisão de flexibilizar as medidas de restrição levou em conta a queda na incidência da enfermidade e outros indicadores, além das necessidades da população.

“Temos de ser capazes de voltar a uma normalidade de convivência com a doença, como fazemos com outras que hoje ocasionam mais mortes”, sublinhou Díaz-Canel. “O desafio está em continuar trabalhando com responsabilidade e qualidade para evitar a transmissão”, indicou.

O mandatário cubano ressaltou que hoje o país tem mais experiência no manejo do Sars-Cov2, o que permitiu acelerar a recuperação dos pacientes e melhorar a aplicação dos protocolos de tratamento.

“Não podemos continuar com o mesmo nível de confinamento, porque é preciso reativar a vida em várias questões”, disse ao se referir a setores como o de saúde pública, onde foram paralisadas muitas atividades para dar prioridade à atenção dos contagiados.

Ressaltou que as pessoas precisam reordenar sua vida econômica e no trabalho, além de reativar a oferta de bens e serviços à população e reabrir instituições, embora sempre mantendo as boas práticas sanitárias e o senso de responsabilidade individual e coletiva.

Mencionou tarefas permanentes como a pesquisa nos bairros e comunidades para detectar casos positivos ou suspeitos, além de elevar a qualidade na atenção primária e a vigilância epidemiológica nos centros de trabalho e estudo.

Ontem, o presidente Díaz-Canel e o primeiro-ministro Manuel Marrero se reuniram com cientistas e especialistas engajados no enfrentamento à pandemia em Cuba. Raúl Guinovart, decano da Faculdade de Matemática e Computação da Universidade de Havana, falou que as estatísticas e gráficos de prognóstico mostram que o país se encontra num patamar estável de incidência, e deve entrar numa tendência à queda neste mês.

Porém, isso dependerá de vários fatores, entre eles a disciplina e responsabilidade da população no cumprimento das orientações para cortar a propagação do coronavírus.