Havana, 17 de novembro (RHC).- Francisco Silva, diretor geral de Venda de Mercadorias do ministério do Comércio Interior, garantiu que ninguém ficará desamparado ante as mudanças econômicas previstas em Cuba, que abrangem a eliminação da dualidade monetária e no câmbio, uma reforma salarial, modificações nos preços e a suspensão de subsídios excessivos e gratuidades indevidas, entre outros aspectos.
Disse que o custo dos produtos importados e da indústria nacional aumentará ao ser alterada a taxa de câmbio para o setor estatal, tendo influência nos preços do atacado e varejo, fato a ser compensado em parte pela subida nos salários e uma melhoria no poder aquisitivo.
Explicou que a situação anterior em que os subsídios gerais a produtos e serviços traziam benefícios a toda a população gerava falta de interesse em procurar emprego. O processo será gradual, indicou Silva, e sublinhou que continuarão sendo levadas em conta as pessoas e famílias consideradas vulneráveis.
O alto funcionário do ministério do Comércio Interior destacou outras medidas encaminhadas a manter a merenda escolar, o sistema de atenção à família e outros aspectos.
Por sua vez, Belkis Delgado, diretora de Prevenção, Assistência e Trabalho Social do ministério do Trabalho e Seguridade Social, indicou que continuarão as ações da assistência social aos que precisarem de proteção, abrindo novos serviços e descentralizando o processo.
Nesse ponto coincidiu Haydeé Franco, subdiretora do Instituto Nacional de Seguridade Social, que referiu-se à subida prevista na pensão mínima, estimada a partir de uma cesta de bens e serviços.