Captura de pantalla
Havana, 23 de fevereiro (RHC).- O ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, chamou a preservar os acordos de desarmamento nuclear e advertiu que a sobrevivência humana está em risco.
“A paz e a segurança internacionais se veem ameaçadas por conflitos, guerras de rapina e não convencionais, atos de agressão e intentos de mudança de regime, e por uma corrida armamentista que esbanja enormes recursos para o desenvolvimento sustentável de nossos povos”, afirmou em discurso na Conferência de Desarmamento, realizada online por causa da pandemia.
“As múltiplas crises geradas pela devastadora pandemia da Covid-19 mostraram a fragilidade de um mundo onde não se garante o acesso universal a serviços básicos de saúde, enquanto são modernizados e ampliados os arsenais nucleares e se fortalece seu papel em doutrinas militares de defesa e segurança, que continuam ameaçando a humanidade”, apontou.
Rodríguez indicou que é preciso consolidar o multilateralismo e o respeito ao direito internacional e à Carta da ONU. “A convivência pacífica entre as nações exige que os governos se abstenham de exercer pressões sobre outros e de aplicar injustas medidas coercitivas unilaterais”, destacou.
Nesse ponto, instou as novas autoridades nos EUA a reverterem a decisão do ex-presidente Donald Trump, tomada no final do seu mandato, de considerar Cuba um Estado patrocinador do terrorismo. Isso dificulta toda possibilidade de melhoria nas relações bilaterais, afirmou o chanceler cubano.
“Reiteramos a vigência plena da Proclama da América Latina e Caribe como Zona de Paz, assinada pelos chefes de Estado e de governo de toda a região.
Um mundo de justiça, dignidade e paz é possível se prevalecer a cooperação entre os Estados, se forem respeitados o direito internacional e os direitos dos povos à paz, ao desenvolvimento e à justiça”, sublinhou Rodríguez em seu discurso online na Conferência de Desarmamento.
E lembrou uma frase do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro: “Cesse a filosofia do despojo e cessará a filosofia da guerra”.