Havana, 26 de abril (RHC).- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, ressaltou a jornada global realizada neste fim de semana para exigir o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA há quase seis décadas.
“Eliminar o bloqueio pedem em todas as partes. Hoje são milhares, amanhã serão milhões e um dia será toda a humanidade. Não há crime que dure 100 anos, nem povo soberano que aceite se submeter”, postou no Twitter.
Noutra mensagem sublinhou: “O protesto mundial contra o bloqueio se transformou numa onda imparável. Em meio a uma epidemia global, milhares saem às ruas para reclamar dos EUA eliminar o bloqueio”.
Indicou que são pontes de amor que demandam o fim do sofrimento do povo cubano, vítima do endurecimento de uma medida arbitrária, a mais longa na história da humanidade e de caráter extraterritorial.
No sábado e domingo passados ativistas, movimentos de solidariedade e cubanos residentes no exterior se mobilizaram em mais de 100 cidades de dezenas de países em caravanas contra o cerco norte-americano.
O ICAP – Instituto Cubano de Amizade com os Povos apontou que as pessoas expressaram seu apoio ao povo desta Ilha através de carreatas e andando a pé ou de bicicleta portando bandeiras cubanas e cartazes que pediam cessar essa política hostil. A maré de solidariedade teve sua expressão também na internet e nas redes sociais.
Mais de 20 cidades nos EUA foram cenário de iniciativas desse tipo, entre elas Washington, Nova Iorque, Chicago, Minneapolis e Miami. Os participantes, inspirados no projeto “Pontes de Amor”, chamaram a normalizar as relações entre os dois países e reverter as mais de 200 medidas tomadas pelo ex-presidente Donald Trump para tentar isolar Cuba e afogar sua economia.
Na Europa, houve ações de apoio a esta Ilha na Bélgica, Portugal, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Itália e Rússia, entre outras nações. Também no Irã, China, Guiné Bissau, Angola, Brasil, Etiópia, Argentina, Uruguai e Colômbia, além do Panamá, República Dominicana, Canadá e México, onde coincidiram com o encerramento do 25º Encontro Nacional de Solidariedade a Cuba.
Aliás, em várias localidades cubanas houve atividades semelhantes, em que as pessoas de carro, moto, bicicleta ou a pé percorreram as ruas para exigir dos EUA o fim do assédio. Inclusive, no litoral de Havana, a capital, se concentraram dezenas de iates e embarcações leves para rejeitar a política hostil de Washington.
No Twitter, o primeiro-secretário da União de Jovens Comunistas de Cuba, Diosvany Acosta, disse que o bloqueio é “a guerra econômica mais abrangente, desigual e prolongada que tenha sido travada contra nação alguma”, e seu propósito é render o povo através da fome e as carências.
A próxima caravana mundial foi convocada para 30 de maio.