Havana, 25 de maio (RHC).- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, afirmou que a África merece a solidariedade internacional, porque o mundo tem uma dívida com esse continente.

“O mundo enriqueceu empobrecendo-a”, postou no Twitter por ocasião do Dia da África, comemorado nesta terça-feira.

Díaz-Canel enviou um abraço “ao continente com o qual compartilhamos ancestrais e batalhas pela independência e a vida”, e sublinhou que ambas as partes estão unidas pela história, tradição e cultura.

Ontem, o titular da Assembleia Nacional do Poder Popular, Esteban Lazo, saudou o Parlamento Panafricano pela data e ratificou a disposição de incrementar os laços.

Destacou a história comum desde a época da escravidão e a guerra dos cubanos pela independência, até a participação de mais de 300 mil combatentes desta Ilha e colaboradores civis nas lutas contra o colonialismo, a dominação, o racismo e o apartheid na África.

Lazo agradeceu o apoio das nações dessa região às ações pelo fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba, e as indicações do contingente médico “Henry Reeve” ao Prêmio Nobel da Paz.

Ressaltou que a colaboração e a unidade são as únicas alternativas para lidar com os enormes desafios à humanidade decorrentes da pandemia.

Por outro lado, o subdiretor de Prioridade África e vice para as Relações Internacionais da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, Firmin Edouard Matoko, elogiou a cooperação de Cuba com os povos africanos ao longo das últimas décadas, especialmente na área de saúde.

Disse que esse continente tem profundas raízes na identidade cubana. “Hoje, de novo Cuba aceita o desafio, se torna presente e volta a estender uma mão irmã à África”, indicou Matoko referindo-se às brigadas médicas enviadas para ajudar a conter a Covid-19.