Havana, 16 de junho (RHC).- O presidente cubano, Raúl Castro exortou todas as nações a renovarem o compromisso de somar esforços para construir um mundo mais justo.
Falando na Cúpula do Grupo dos 77 mais a China, que decorreu neste fim de semana na Bolívia, Raúl alertou sobre a ampliação da brecha entre o Norte desenvolvido e o Sul em desenvolvimento, e a continuidade da profunda crise econômica global, resultado do fracasso das políticas neoliberais impostas desde os principais eixos do poder mundial. Indicou que a crise, a mais longa e complexa dos últimos 80 anos, tem um impacto devastador para as nações do Sul.
O presidente cubano ressaltou que no mundo há 1,2 bilhão de pessoas vivendo na pobreza extrema, uma de cada oito passa fome crônica, quase a metade das mortes de crianças antes dos cinco anos é por causa da desnutrição, a dívida externa chegou a níveis sem precedentes e se agravou o efeito das mudanças climáticas, geradas pela produção e consumo irracionais.
Em seu discurso na Cúpula do G'77 mais a China, Raúl Castro denunciou a violação da soberania dos Estados e dos princípios do direito internacional, e a imposição de conceitos que tratam de legalizar a ingerência. Ratificou o apoio de Cuba à Venezuela contra as ações de subversão e desestabilização no marco da guerra não convencional que sofre essa nação.
Também condenou o caráter genocida do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba, vigente desde o começo da década de 1960, e a inclusão reiterada do país na lista negra de patrocinadores do terrorismo elaborada pelo governo norte-americano.
Na ocasião, o presidente boliviano, Evo Morales, ratificou seu respaldo a Cuba e disse que o líder histórico da Revolução, Fidel Castro, é o homem mais solidário do mundo. Recordou que Fidel foi o artífice da instauração da Missão Milagre na Bolívia, que permitiu facilitar tratamento oftalmológico gratuito e recuperar a visão de centenas de milhares de pessoas.
“Por isso Fidel, seu povo e seu governo são os mais solidários do mundo. Para eles todo nosso respeito e admiração”, frisou o presidente da Bolívia.