Foto: BioCubaFarma
Havana, 23 de junho (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel afirmou que as vacinas antiCovid-19 desenvolvidas por Cuba serão colocadas à disposição das nações latino-americanas.
Respondendo uma mensagem do mandatário da Bolívia, Luis Arce, destacou que os cientistas desta Ilha venceram os obstáculos e deram a maior alegria neste período duro de pandemia e de bloqueio endurecido pelos EUA.
“As Soberanas e Abdala também estarão à disposição da Nossa América”, postou Díaz-Canel referindo-se às candidatas vacinais mais avançadas no processo de validação. A Soberana 02 demonstrou nos ensaios clínicos ter uma eficácia de 62% após duas doses das três previstas, e a Abdala alcançou 92,28% ao concluir o esquema de três injeções.
Ambas ultrapassam o mínimo de 50% requerido em nível global para serem consideradas vacinas, e estão à espera da aprovação do Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos de Cuba.
O presidente boliviano disse que se trata de uma conquista latino-americana, de um país que sofre o bloqueio criminoso dos EUA desde o começo dos anos 60. As cinco candidatas vacinais em processo de validação são a Soberana 01, 02 e Plus, a Abdala e a Mambisa, criadas no Instituto Finlay de Vacinas e no Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia.
Ontem, na reunião com cientistas e especialistas engajados no enfrentamento à Covid-19, o mandatário cubano afirmou que os resultados da Soberana e da Abdala constituem um orgulho da nação.
Assinalou que, mesmo assim, ainda há muito que fazer no país para conter o Sars-Cov2. No encontro estavam presentes o primeiro-ministro, Manuel Marrero, e a vice-premiê Inés María Chapman.
O decano da Faculdade de Matemática e Computação da Universidade de Havana, Raúl Guinovart, expôs os prognósticos de incidência no país e ressaltou a influência positiva das intervenções sanitárias em curso com as candidatas Soberana e Abdala em Havana e noutras localidades.
Ressaltou que em Pinar del Rio, Matanzas, Camagüey e Santiago de Cuba a situação continua complexa. “É importante compreender que as medidas sanitárias e de restrição devem continuar sendo mantidas, e que não podemos nos desmobilizar”, apontou.
