Marta Rojas
Havana, 5 de outubro (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel lamentou o falecimento da jornalista e escritora cubana Marta Rojas aos 93 anos, vítima de um infarto cardíaco. “Marta Rojas se foi. Mulher de letras e Revolução, testemunha e narradora excepcional, desde ‘O julgamento do Moncada’. Heroína do Trabalho, foi jornalista e escritora até o último alento. Sua obra transcendental é memória da nação”, postou no Twitter.
Marta assistiu ao processo judicial em que foram julgados Fidel Castro e outros sobreviventes do ataque ao Quartel Moncada, ação revolucionária realizada em 26 de julho de 1953. Nele, o líder cubano proferiu seu alegado de autodefesa conhecido como “A História me Absolverá”. A então jovem jornalista fez uma notável cobertura daqueles acontecimentos.
Depois da vitória da Revolução, Marta Rojas trabalhou nos diários “Revolución” e “Granma”, órgão oficial do Partido Comunista de Cuba, e na prestigiosa revista “Bohemia”. Também acompanhou Fidel em viagens ao exterior. Ela foi a primeira jornalista cubana e latino-americana em cobrir a guerra do Vietnam, e a última que entrevistou o líder Ho Chi Minh. Sua obra inclui seis romances e vários livros de testemunhos. Entre as distinções recebidas, destaque para o Prêmio Nacional de Jornalismo José Martí.