Díaz-Canel
Havana, 23 de dezembro (RHC).- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, encerrou as sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular, nas quais esteve presente o general de Exército Raúl Castro, e sublinhou que no país “sempre será possível até o impossível”. Disse que cada obra deve ser um canto à pátria e à Revolução, e convocou a pensar e agir à altura do povo e de seus líderes históricos.
Assinalou que Cuba é um Estado socialista de direito e justiça social, organizado por todos e para o bem de todos, para desfrutar da igualdade, equidade e bem-estar coletivo. Para isso é preciso trabalhar com a maior eficiência, com a inteligência dos cientistas, a dedicação do pessoal da Saúde, a coragem e disciplina das instituições armadas, o otimismo e a fé dos campeões do esporte, a ousadia e criatividade dos jovens, e a paixão dos artistas.
O mandatário frisou que em Cuba todos estão obrigados a respeitar a Constituição, e ressaltou que esta Ilha tem estado presente em várias partes do mundo levando ensino e saúde, e oferecendo sua solidariedade. Destacou as três vacinas cubanas antiCovid-19 já aprovadas, e lembrou que Cuba foi a primeira nação em imunizar as crianças e adolescentes a partir de dois anos de idade contra o Sars-Cov2. A saúde pública no país não é uma mercadoria, e sim um direito de todos, assinalou.
“Este tem sido um ano também de profundas transformações, com a aprovação de medidas para fortalecer a empresa estatal socialista, incrementar a produção agropecuária, aperfeiçoar os atores econômicos, e criar o sistema de governo baseado na ciência e inovação, além das transformações nos bairros”, apontou Díaz-Canel ao encerrar as sessões do Parlamento.
Assinalou que a recuperação da economia nacional já começou, e nesse processo devem ser resolvidos problemas nas empresas estatais com prejuízos, a dolarização parcial e o déficit nas ofertas de bens e serviços, especialmente alimentos e medicamentos, além de fomentar o desenvolvimento territorial dando maior autonomia aos municípios. Nesse contexto, garantiu que um dos principais objetivos é recuperar o valor do peso, a moeda nacional.Também, continuar avançando na substituição de importações e incentivar as exportações.
Díaz-Canel considerou que a pandemia não tornou o mundo mais humilde e austero, e Cuba tem de lidar com um entorno global em que o egoísmo, a concentração das riquezas e a desigualdade são características visíveis e cada vez mais perigosas. “Continuaremos promovendo a integração da região e a salvaguarda da proclama da América Latina como Zona de Paz, porque somos um país de paz, com vínculos de amizade com numerosos países do planeta”, afirmou.
“Agradecemos a campanha de cubanos residentes no exterior e outros que se pronunciam contra a política hostil da administração estadunidense, e reiteramos a decisão invariável de continuar fortalecendo e diversificando as relações com nossos conterrâneos no exterior”, assinalou.
Em seu discurso, Díaz-Canel referiu-se ao intenso trabalho dos deputados, que aprovaram importantes leis, além do Código das Famílias, que será submetido a consulta popular entre fevereiro e abril de 2022 em busca de espelhar a realidade sociocultural e os problemas existentes no país. “Seu conteúdo é mais uma expressão da sensibilidade que caracteriza e define a Revolução cubana, pois enaltece a dignidade humana como valor supremo que sustenta o reconhecimento e exercício dos direitos e deveres referendados na Carta Magna, não impõe modelos nem tipos de família, e é uma norma com profundas raízes científicas”, indicou.
E concluiu dizendo: “Pelo ano vencido, e pelo que nos dispomos a vencer, Felicidades Cuba!”.