Foto: @PresidenciaCuba
Havana, 10 junho (RHC).- O presidente cubano Miguel Diaz-Canel enviou mensagem na sexta-feira, 10 de junho, aos que participaram da Reunião de Cúpula dos Povos, em Los Ángeles.
Diaz-Canel destaca no texto que não se enganou quando disse que não estaria presente na 9ª Cúpula das Américas, mas sim estaria a voz de Cuba.
“Vocês são a nossa voz. A Revolução sempre soube: onde os governos nos negarem a palavra, estarão os povos para nos representar, para falar em nosso nome”, destacou.
Recordou que a solidariedade não é apenas um principio inseparável da prática revolucionaria. “É a melhor arma para nós, que acreditamos no poder das massas, na força telúrica dos povos mobilizados e na luta inspiradora pela justiça social”, ponderou.
Diaz-Canel deixou claro: “onde estiverem os povos batalhando, Cuba sempre estará. E onde estiver Cuba, estarão os povos em luta”.
“A luta que compartilhamos hoje vem de outros séculos e custou o sangue dos melhores filhos da Pátria Grande. É contra o intento do vizinho poderoso de recolonizar as nossas terras da América. É contra o espírito da Doutrina Monroe que continua sendo guia e enfoque político dos EUA para nossa região” rememora.
Em outra parte da mensagem, o presidente cubano sentenciou: “os povos sabem. Os povos têm memória. Os povos, que fizeram a Cúpula que nos quiseram impedir, e também os governos dignos que não tragaram a denúncia e falaram por nós, todos entendem que onde antes houve uma nação castigada, agora há três e amanhã haverá dez, mas se os povos se colocarem em fila, o gigante das sete léguas que vai pelo céu engolindo mundos não passará”,
O presidente cubano agradeceu aos governos da América Latina e o Caribe que se opuseram às exclusões de Cuba, Venezuela e Nicarágua.
Disse que a América do Norte não é o inimigo. “A América do norte dos trabalhadores, dos povos originários e dos imigrantes, também excluídos, não uma vez, e sim cada dia pelo impiedoso império do mercado, essa América do Norte que vocês nos mostram, rebelde e contestatária, propositiva e solidária, não é nem será nunca inimiga”.
O presidente cubano exprimiu no final da mensagem enderaçada aos que participaram da Cúpula dos Povos: “Obrigado por darem voz aos excluídos. Obrigado por pintar o horizonte de esperanças. Obrigado por ratificar mais uma vez que um mundo melhor é possível”.
(Fonte: mensagem de Miguel Diaz-Canel à Cúpula dos Povos).