Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 27 outubro (RHC).- O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, pediu respeito à soberania e ao princípio de não intromissão nos assuntos internos dos Estados, no discurso pronunciado perante representantes de mais de 50 países, na Argentina.
Na 3ª Reunião de Cúpula da CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e a União Europeia, Rodriguez denunciou os efeitos cruéis do imperialismo em sua região e defendeu o direito de cada país de definir seu sistema político, econômico e social.
“Estados Unidos, na sua ânsia expansionista e de intervenção, sustentada na Doutrina Monroe, sempre tratou de transformar nossos países em seu pátio traseiro”, assinalou. E recordou a longa história de exploração de riquezas e saques de recursos naturais na área.
Em outra parte da fala, agradeceu a rejeição da CELAC e da União Europeia ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Washington à Ilha faz mais de 60 anos.
“Essa política injusta e ilegal foi endurecida causando maiores danos ao povo cubano com o objetivo de provocar o colapso da economia”, ressaltou.
Igualmente, reconheceu a condenação pela CELAC e o alto representante da UE para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell à inclusão de Cuba “na fraudada lista do Departamento de Estado norte-americano de supostos patrocinadores do terrorismo”.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba advertiu: “quando se fala em multilateralismo e ordem internacional baseadas em regras, parece que se alude à imposição de novos paradigmas duvidosos, à conveniência de países ricos, sem processos de negociação intergovernamentais democráticos”.
Há um problema de coerência, de consistência. Não se pode admitir a dupla moral. “É preciso respeitar, em qualquer circunstância, a igualdade soberana, a não intromissão e o direito inalienável de cada Estado de decidir seu próprio sistema. sem imposições de supostos paradigmas culturais, de democracia e direitos humanos”, afirmou.
Bruno Rodriguez asseverou que Cuba continuará contribuindo no que for possível para fortalecer o diálogo e a cooperação entre a CELAC e a União Europeia, em benefício dos povos de ambas as regiões e do mundo. (Fonte: Prensa Latina).