Díaz-Canel conversou sobre resultados das conversações Cuba-China
Pequim, 26 novembro (RHC).- Em encontro na sexta-feira com os membros da missão estatal de Cuba na China, o presidente Diaz-Canel aquilatou os resultados das conversações com a direção do país asiático, as quais foram transparentes, segundo suas palavras.
“Os resultados foram satisfatórios, eu diria acima de nossas expectativas”, ressaltou Diaz-Canel ao aquilatar a visita oficial realizada à China.
“É um apoio tremendo a Cuba num momento tão difícil como este, similar ao que obtivemos na Rússia, na Argélia e na Turquia”, disse, durante um encontro através de videoconferência com quase 100 cubanos que compõem a missão estatal da Ilha na China.
O encontro se realizou em formato virtual por causa das restrições impostas na China diante do novo surto de Covid-19.
“Há uma enorme sensibilidade na direção chinesa, especialmente no presidente Xi Jinping, com relação à situação em Cuba, e há vontade expressa nele, com indicações em conversações oficiais inclusive, de que é preciso achar soluções para todos os problemas com Cuba, independentemente da problemática com a dívida, e que essa não pode ser a razão que limite o desenvolvimento. Eles estão apostando no desenvolvimento do país a partir da cooperação que nos podem oferecer”, asseverou o chefe de Estado cubano.
O presidente falou num sentimento de compreensão da realidade da Ilha e da vontade de apoiar, inclusive em assuntos como a reparação e a manutenção das termelétricas, que não estavam pautados, mas também tiveram ouvidos receptivos.
Diaz-Canel mencionou três pilares fundamentais da cooperação: primeiro, a biotecnologia; depois a questão da energia, especialmente as fontes renováveis de energia; e a informatização e a segurança cibernética.
Mas eles estão abertos aos temas de produção de alimentos, e informamos ao presidente Xi Jinping das transformações que fizemos na aplicação da Lei de Investimento Estrangeiro no comércio interno e a importância que concedemos a que empresas chinesas possam estar presentes no comércio interno cubano, tanto por atacado quanto a varejo. Esta ideia também foi acolhida, agora resta identificar as empresas que possam fazer isso.
Toda essa disposição deve ser transformada em projetos que avancem, disse. “Devemos ser muito estritos, rigorosos, profissionais, especialmente quando estamos trabalhando com amigos que nos estão apoiando, que estão tirando um pouco deles mesmos. Temos de trabalhar com senso de compromisso, de ética, que ajude o amigo a estar seguro do que estamos fazendo”, afirmou. (Fonte: site da Presidência).