Elecciones en Cuba
Havana, 27 fevereiro (RHC).- A escolha dos 470 candidatos a deputados que aspiram a fazer parte do Parlamento de Cuba é um processo escalonado que conta com a opinião de diferentes atores da sociedade.
As comissões de candidaturas em suas diferentes instâncias (nacional, provinciais e municipais) são as incumbidas de elaborar a proposta dos indicados. As mencionadas comissões são formadas por representantes das organizações estudantis e de massas, presididas pela Central de Trabalhadores de Cuba.
Essas organizações fornecem os nomes para elaborar a proposta a partir de recomendações feitas a partir da base até os plenos nacionais de cada uma delas.
Com essa “matéria prima” a Comissão de Candidaturas Nacional (CCN) confecciona um projeto levando em conta a capacidade de cada pessoa, seus méritos, autoridade moral, aceitação popular e que sejam representativas dos diferentes setores do país.
Para integrar as atuais listas de indicados, a CCN trabalhou intensamente com mais de 19 mil nomes, que resultaram em 4.760 pré-candidatos, e o Conselho Eleitoral Nacional comprovou que reuniam os requisitos exigidos pela lei para ocupar esse cargo.
Após as entrevistas, outras considerações e uma nova redução das propostas, a CCN entregou uma versão das candidaturas às comissões municipais e as mesmas consultaram com cada delegado de base. Esse processo aconteceu de 30 de janeiro a 03 de fevereiro.
Após este passo, as assembleias municipais do Poder Popular se reuniram em sessão extraordinária em 5 de fevereiro, para aprovar seus candidatos, porém isto não quer dizer que as propostas das comissões de candidaturas sejam inamovíveis.
Em conformidade com a Lei Eleitoral, os delegados têm a faculdade de aprovar ou rejeitar um pré-candidato, alguns ou todos, e apresentar outras opções de uma reserva prévia.
Todos os indicados a candidatos ao Parlamento devem obter mais de 50% dos votos dos delegados.
A CCN funciona independente de qualquer outro órgão e é composta por mais de 1.700 pessoas em toda a nação, que participaram do processo de consultas Atualmente e até 24 de março, apoiam os encontros dos candidatos com o povo, porque em Cuba não há campanhas eleitorais. (Fonte: PL)