Chanceler cubano Bruno Rodríguez

Havana, 24 de julho (RHC) O ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, disse hoje em sua conta no Twitter que a suposta liberdade dos Estados Unidos de permitir que Cuba compre medicamentos naquele país é mentira.

O ministro das Relações Exteriores afirmou que também não é verdade que a Ilha possa comprar suprimentos médicos de subsidiárias de empresas americanas em terceiros países.

Rodriguez explicou que a Lei de Reforma das Sanções Comerciais e Ampliação das Exportações (TSRA siglas em inglês) de 2000 foi redigida para tornar qualquer transação praticamente impossível.

Ele lembrou que uma operação desse tipo requer uma licença específica do Bureau de Indústria e Segurança do Departamento do Comércio, com procedimentos extremamente rigorosos, que geralmente desencorajam os fornecedores.

Especificou que a agência reguladora que emite a licença precisa da garantia de poder comprovar, com inspeção, o destino do que é exportado e assegurar, entre outros requisitos, que não é utilizado para a indústria biotecnológica.

Para cumprir o acima exposto, o presidente dos Estados Unidos pode solicitar a inspeção das 'exportações' in loco para verificar os fins para os quais foram concebidas (apenas para uso e benefício do povo cubano), uma pretensão absurda e inaplicável, disse o chefe da diplomacia cubana.

O chefe da diplomacia cubana recordou que, devido à designação da Ilha como Estado patrocinador do terrorismo pelo Departamento de Estado norte-americano, o prazo de validade da licença é de um ano; "quase ninguém está disposto a pedir uma autorização de venda ou de comércio por um ano", disse.

Acrescentou ainda que os navios envolvidos no transporte de medicamentos autorizados ou de material médico poderão entrar nos portos dos EUA, desde que não tenham transportado carga ou pessoas sem licença de ou para Cuba e desde que não transportem bens não autorizados. (Fonte: PL)