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Luanda, 21 agosto (RHC).- O presidente de Angola, João Lourenço, ratificou hoje o apoio de seu país na luta pelo fim do bloqueio econômico que os Estados Unidos impõem a Cuba há mais de seis décadas.
Lourenço recebeu Miguel Díaz-Canel no Palácio Presidencial da Cidade Alta, ocasião em que destacou a impressionante resiliência dos cubanos diante das medidas coercitivas aplicadas à Ilha.
Ele também destacou a capacidade de encontrar soluções em meio a essas circunstâncias adversas, a fim de garantir a vida das pessoas e a soberania nacional.
Após as conversações oficiais, Lourenço disse que Angola tem grande apreço pelas relações com a nação caribenha e reafirmou que continuarão fortalecendo e consolidando os laços de cooperação.
Disse estar satisfeito com as mais de quatro décadas de colaboração, particularmente em áreas como saúde, educação, ensino superior, defesa, transporte, comércio e indústria.
Comentou que o diálogo com Díaz-Canel durante essa visita não só focalizou aspectos essenciais do bom nível das relações, mas também iniciativas que podem dar às mesmas um novo impulso e dinamismo, de acordo com as realidades atuais dos dois países e do mundo.
Lembrou que angolanos e cubanos escreveram juntos páginas indeléveis na história da África, quando se uniram em um esforço para defender a independência, a soberania e a integridade territorial de Angola e para libertar o continente do apartheid.
Nos momentos mais difíceis da nossa história, quando os profissionais portugueses deixaram o país, Cuba acolheu os nossos jovens para formá-los em diferentes especialidades, além de contribuir para a educação no país, lembrou o chefe de Estado.
E destacou o papel dos médicos que garantiram os serviços de saúde em todos os níveis enquanto o pessoal do próprio país estava sendo treinado.
Angola e Cuba têm preocupações comuns, disse Lourenço, como o combate à pobreza e a luta pelo desenvolvimento econômico social; isso nos coloca em posição de avaliar estratégias conjuntas que nos ajudarão a superar todos os desafios ligados ao progresso de nossas populações, acrescentou.
Devemos pensar em mecanismos práticos para facilitar o intercâmbio, o livre comércio, a transferência de tecnologia e a priorização de projetos de industrialização, sugeriu. (Fonte: PL)