Presidente angolano João Lourenço
Havana, 15 setembro (RHC).- O presidente angolano, João Lourenço, disse nesta sexta-feira que, para avançar no desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação, os países do Sul global precisam de uma reforma profunda da arquitetura financeira internacional.
Ao discursar na Cúpula do Grupo dos 77 (G77) sobre o tema, o líder angolano disse que, em um cenário de alta complexidade política, econômica e social, os países em desenvolvimento não podem ficar parados à espera de soluções.
Devemos continuar lutando por "reformas profundas da arquitetura financeira internacional e sua governança, por meio de uma representação justa nos principais órgãos globais de tomada de decisão e formulação de políticas", disse.
E acrescentou que essa reestruturação poderia contribuir muito para que essas nações tivessem acesso a fontes seguras e flexíveis de financiamento, necessárias para investimentos imediatos em ciência, tecnologia e inovação, incluindo tecnologias de informação e comunicação.
O presidente angolano destacou que isso é essencial para enfrentar os desafios atuais e aumentar o ritmo da diversificação e da transformação econômica, aumentar a produtividade e a competitividade, a fim de atingir as metas da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.
Nossos países precisam ter acesso a financiamentos de longo prazo com condições favoráveis de pagamento, para que possamos investir em infraestrutura: estradas, ferrovias, distribuição de água, energia e saneamento básico, entre outros, enfatizou.
Lourenço destacou a importância da unidade e da solidariedade do G77 no ceenário internacional, a fim de promover as aspirações legítimas dos povos dos Estados membros.
Nesse sentido, ressaltou a importância de aprofundar nos debates internos para encontrar pontos de interesse comum.
Disse que Angola estabeleceu o investimento em ciência, tecnologia e inovação como uma das suas prioridades, como estratégia para enfrentar os desafios da diversificação e crescimento econômico, bem como a transição digital e energética em termos da qualidade de vida dos angolanos.
Assegurou que esse setor está em crescimento e deu como exemplo o lançamento do satélite de comunicações Angosat 2, a expansão da rede de telecomunicações, entre outras iniciativas, dentro das quais se promove o acesso e a participação das mulheres e da juventude.