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Nações Unidas, 18 setembro (RHC).- O presidente cubano Miguel Díaz-Canel denunciou hoje o impacto das restrições unilaterais no desenvolvimento e cumprimento da Agenda 2030 dos países do Sul.
Essas medidas, que são incompatíveis com os acordos da Organização Mundial do Comércio, devem ser eliminadas o mais rápido possível, enfatizou o presidente, falando como presidente do Grupo dos 77, no dia de abertura da Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O chefe de Estado rejeitou as medidas coercitivas unilaterais como uma clara violação da Carta da ONU e um obstáculo aos esforços dos Estados afetados para alcançar a Agenda 2030 e o desenvolvimento sustentável em geral.
"A comunidade internacional, incluindo o Sistema das Nações Unidas, deve continuar rejeitando categoricamente essas medidas e trabalhar para sua eliminação incondicional", enfatizou.
A falta de progresso não deve ser atribuída à ausência de soluções, disse Díaz-Canel ao Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável..
O chefe de Estado cubano descreveu o contexto global como crítico para as nações em desenvolvimento, afetadas por "uma ordem econômica injusta que perpetua as desigualdades e a pobreza".
Mesmo antes da pandemia de Covid-19, o mundo já tinha se desviado do caminho de realização da Agenda 2030, alertou.
"Até essa data, não eliminaremos a fome como havíamos acertado, pelo contrário, 735 milhões de pessoas passam fome crônica hoje, um número maior do que em 2015", afirmou.
Nesse ritmo, acrescentou, nenhum dos ODS será alcançado e mais da metade das metas acordadas não será atingidas.
Díaz-Canel lembrou a prioridade máxima dada pelo G77 a esse evento, a fim de colocar o desenvolvimento sustentável novamente no centro da agenda internacional e dar o impulso político necessário.
O G77 aprovou uma declaração para ampliar e acelerar a implementação de ações e medidas concretas inovadoras, transformadoras e ambiciosas a fim de garantir a realização dos ODS.
O bloco liderou um apelo global para uma reforma urgente da arquitetura financeira internacional, compartilhada por um grande número de chefes de Estado, de Governo e personalidades mundiais, ressaltou o presidente cubano, Miguel Diaz-Canel ao discursar na ONU. (Fonte: PL).