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Havana, 22 setembro (RHC).- O presidente cubano Miguel Díaz-Canel enfatizou na sexta-feira, em Nova York, a liderança do G77 como porta-voz legítimo das posições do Sul Global diante da falta de uma resposta internacional coordenada aos seus desafios.
Durante a 47ª reunião ministerial do bloco, o chefe de Estado observou que, diante de desafios monumentais, é mais urgente do que nunca alcançar consenso, reflexão construtiva, unidade de ideais e alinhamento de pensamento a serviço da concepção e promoção de uma nova ordem econômica internacional.
"Nas últimas cinco décadas, a instabilidade e o intercâmbio desigual se multiplicaram, além da crise multissistêmica exacerbada pela pandemia", insistiu.
Díaz-Canel acrescentou que o progresso na erradicação da pobreza extrema sofreu um retrocesso de três a quatro anos, e os países mais pobres gastaram mais recursos com o serviço da dívida do que com a saúde pública; enquanto isso, o 1% mais rico ficou com quase dois terços da riqueza gerada desde 2020 em todo o mundo.
Ele ressaltou que "nossas nações não podem continuar sendo laboratórios de receitas coloniais e formas renovadas de denominação que usam a dívida, a atual arquitetura financeira e as atuais medidas coercitivas para perpetuar o subdesenvolvimento e aumentar os cofres de poucos".
Em uma avaliação dos nove meses de presidência pro tempore de Cuba no G77, o chefe de Estado destacou a unidade como um ponto forte. "Fomos capazes de nos articular estrategicamente em defesa de nossas posições e demandas legítimas em benefício de nossos povos", enfatizou.
A reunião, realizada na sede das Nações Unidas a propósito do segmento de alto nível da 78ª Assembleia Geral, insistiu na importância do Grupo de nações do Sul, composto por 134 membros.
A reunião também contou com a presença de Dennis Francis, presidente da 78ª sessão, e Amina Mohammed, secretária-geral adjunta da ONU.
O G77 determinou que Uganda, um país localizado no leste da África, ocupará a próxima presidência pro tempore desse grupo, o maior e mais diversificado bloco de negociações das Nações Unidas. (Fonte: Prensa Latina)