Havana, 19 outubro (RHC) O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, condenou hoje veementemente os bombardeios indiscriminados contra a população de Gaza, bem como os assassinatos de civis e pessoas inocentes no conflito no Oriente Médio, em uma coletiva de imprensa na capital sobre a grave situação na Faixa de Gaza.
"Cuba condena veementemente os bombardeios indiscriminados contra a população de Gaza (Palestina) e a destruição de casas, hospitais e infraestrutura civil", disse Rodríguez.
Nada pode justificar essas ações que constituem um castigo coletivo, graves violações do direito internacional humanitário e crimes de guerra e contra a humanidade, destacou o ministro das Relações Exteriores.
"Condenamos veementemente os assassinatos de civis e pessoas inocentes como resultado da atual escalada, independentemente de sua etnia, origem, nacionalidade ou fé religiosa. Compartilhamos a dor das comunidades árabe e hebraica em Cuba", asseverou.
Ressaltou que, na grave conjuntura atual, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu nem mesmo instar a pôr fim ao massacre.
O governo dos EUA vetou ontem uma proposta que simplesmente pedia uma pausa humanitária nos combates para permitir o acesso da ajuda a Gaza e garantir a proteção dos civis. Usou o pretexto de que era prematuro, denunciou Rodríguez.
Revelou que na quarta-feira tinha recebido os embaixadores dos países membros da Liga de Estados Árabes credenciados em Cuba, com quem discutiu a necessidade de encontrar uma solução urgente e confirmou a solidariedade inabalável de Cuba com a causa palestina e árabe.
Desde o início dos confrontos, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba pediu às partes um cessar-fogo urgente e que buscassem uma solução pacífica por meio de negociações, para interromper as hostilidades.
Na quarta-feira, Cuba expressou sua solidariedade com a Palestina na sede do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP).
Fernando González Llort, presidente do ICAP, transmitiu o apoio de Cuba e de boa parte da comunidade internacional, que exige o fim dos bombardeios.
Desde 7 de outubro, quando o grupo palestino Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel, o conflito entre as duas nações já custou a vida de milhares de civis na Faixa de Gaza e os seus arredores.
O conflito tem suas origens em 1948, com o início da ocupação israelense, que representou um ponto de inflexão quando os acordos das Nações Unidas que exigiam a criação de dois Estados no território não foram cumpridos. (Fonte: PL/X)