Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 01 novembro (RHC) O bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos Estados Unidos a Cuba foi rejeitado de forma categórica na quarta-feira em Nova York, durante a 24ª sessão plenária da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU).
Falando perante o órgão principal da ONU, representantes de grupos como a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), o Sistema de Integração Centro-Americana (SICA) e o Grupo dos 77+ China rejeitaram, também, a inclusão de Cuba na lista de Washington de países que patrocinam o terrorismo.
O Movimento dos Não-Alinhados (MNOAL) também ergueu sua voz.
A representação do Vietnã se uniu à condenação majoritária da comunidade internacional a essa política extraterritorial, que viola os direitos humanos.
Por sua vez, o México destacou que era inadiável pôr fim a esse bloqueio, pois é a única maneira de reverter a difícil situação econômica e social enfrentada pelo povo cubano e dar um passo decisivo para a consolidação de um hemisfério mais próspero e competitivo, mas, acima de tudo, mais justo e pacífico.
Vários países africanos reafirmaram seu compromisso com o pedido de cessação do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA contra Cuba, incluindo Angola e Namíbia.
Os porta-vozes da União Africana, Tanzânia, Zimbábue e Quênia, entre outros, falaram em termos semelhantes.
O representante da China disse que ações desse tipo prejudicam seriamente o consenso internacional sobre a Agenda 2030, afetando o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento do povo cubano e de outros países, que precisam urgentemente de cooperação em vez de sanções.
O diplomata asiático anunciou o apoio de seu país à resolução sobre a necessidade de acabar com o bloqueio na votação que será realizada amanhã na AGNU, onde a solidariedade do mundo com essa causa é evidente ano após ano.
No caso da Rússia, o representante russo ressaltou que o bloqueio é um obstáculo à integração total e impossibilita o comércio justo entre as nações.
Ressaltou que essa atitude imperial viola os direitos humanos elementares em áreas muito sensíveis, como educação, saúde, alimentação, energia e outras.
O relatório apresentado por Cuba afirma que, entre março de 2022 e fevereiro de 2023, o bloqueio causou danos estimados na ordem de quatro bilhões 867 milhões de dólares.
O texto afirma que isso implica um impacto de mais de 405 milhões de dólares por mês, mais de 13 milhões de dólares por dia e mais de 555.000 dólares por hora. (Fonte: ACN)