Departamento de Estados de EUA
Washington, 01 dezembro (RHC) O governo dos Estados Unidos repete declarações caluniosas e politicamente repudiáveis contra Cuba em seu relatório anual sobre terrorismo.
O documento, divulgado pelo Departamento de Estado, não constitui, como esclarece, "um novo anúncio sobre tais designações", mas sim uma espécie de revisão, que a Casa Branca é obrigada a notificar ao Congresso todos os anos, dos que não colaboram nessa questão, segundo Washington.
No Capítulo 2 - dedicado às supostas nações patrocinadoras do terrorismo - Cuba é mantida junto com a República Popular Democrática da Coreia, o Irã e a Síria.
Cuba foi adicionada a essa lista em junho de 2020, o que serviu de base para sua designação meses depois, em 11 de janeiro de 2021, para outra das listas arbitrárias: a de Estados patrocinadores do terrorismo.
Poucos dias antes do fim de seu mandato, o então presidente Donald Trump (2017-2021) deu o golpe de misericórdia em sua política de pressão máxima contra Cuba.
O secretário de Estado de Trump, Mike Pompeo, tornou a incluir o país caribenho na lista da qual o governo de Barack Obama (2009-2017) o havia retirado em 2015.
Cuba tinha sido incluída pela primeira vez na lista de supostos apoiadores do terrorismo em 1982.
A Ilha sempre confirmou sua atitude transparente e irrepreensível na luta contra o terrorismo.
Conforme expresso em uma declaração do Ministério das Relações Exteriores sobre o relatório de 2021, trata-se de uma acusação totalmente infundada usada para fins políticos, que tenta justificar as agressões contra Cuba, incluindo o desumano bloqueio econômico, comercial e financeiro.
A declaração também rejeitou, na ocasião, a prática unilateral e seletiva dos Estados Unidos de incluir países em listas arbitrárias com relação ao terrorismo, o que carece de legitimidade e é contrário ao direito internacional e à Carta da ONU.
De acordo com dados oficiais, Cuba foi vítima de 713 atos terroristas ao longo das décadas, a maioria deles organizados, financiados e executados sob a égide do próprio governo dos EUA ou por indivíduos e grupos que agem impunemente a partir desse território.
Estima-se que 3.478 pessoas perderam suas vidas e 2.99 ficaram incapacitadas em decorrência desses atos.
A embaixada cubana em Washington foi alvo de dois ataques terroristas nos últimos 3 anos (2020 e 2023) e o governo dos EUA ainda não reconheceu a natureza desses atos. (Fonte: PL)