Díaz-Canel conversa com cientistas norte-americanos Foto: Estudios Revolución

Havana, 19 dezembro (RHC) O presidente cubano Miguel Díaz-Canel, em meio às sessões de trabalho das Comissões do Parlamento cubano, que estão sendo realizadas nestes dias no Palácio de Convenções, recebeu uma delegação de cientistas norte-americanos, liderada pelo Dr. Thomas Schwaab, diretor de Desenvolvimento Estratégico da Roswell Park.

"As possibilidades de intercâmbio científico, tecnológico, acadêmico e cultural entre o povo cubano e o povo norte-americano têm um enorme potencial, e esta empresa é uma expressão disso", destacou o chefe de Estado cubano na segunda-feira, quando recebeu vários executivos do Roswell Park Comprehensive Cancer Center, uma prestigiada instituição científica dos EUA que, juntamente com o Centro de Imunologia Molecular de Cuba, criou a joint venture Innovative Immunotherapy Alliance SA (IIA).

Estamos comemorando o quinto aniversário da joint venture, lembrou o chefe de Estado, "um empreendimento que para nós tem um significado muito importante e tem muito a ver com o que aspiramos em termos de relações entre nossos povos, e sempre possamos compartilhar tudo que possa nos unir; tudo que possa construir pontes".

Também estamos orgulhosos, disse Díaz-Canel na reunião, de estar compartilhando esse empreendimento e esse desenvolvimento com uma das entidades mais importantes dos Estados Unidos no mundo científico e, particularmente, no mundo da saúde.

"Sempre estivemos atentos aos resultados dos testes clínicos realizados nos Estados Unidos e temos orgulho dos resultados desses testes clínicos", mesmo que tenham sido realizados em um período tão complexo como o que vivemos durante a pandemia.

“Da mesma forma, reconhecemos a constância que sempre tiveram e a disposição de cooperar e trabalhar juntos", disse.

"Para lá de uma relação de cooperação, há uma relação de complementaridade. Eu sou um dos que estão convencidos de que no presente e no futuro podemos fazer muito mais coisas. Podemos trabalhar com outros medicamentos, podemos trabalhar em desenvolvimentos conjuntos”.

Temos muito respeito e admiração por vocês, reconheceu o presidente cubano, não apenas pelo que significam em termos de ciência e saúde, mas também por sua coragem; sei o que significa para uma instituição norte-americana, nestes tempos,  ter uma relação de trabalho como a que vocês têm com Cuba, ressaltou o chefe de Estado cubano.

Nesse sentido, o Dr. Thomas Schwaab disse que era "uma honra e um prazer nos reunir com o senhor" e contou que na manhã de segunda-feira eles realizaram uma reunião da Diretoria e "estávamos analisando o progresso feito nos últimos cinco anos".

De fato, disse ele, ficamos surpresos com o quanto colaboramos uns com os outros do ponto de vista científico.

Também estávamos analisando tudo o que havíamos alcançado nesse sentido, do ponto de vista das publicações, das patentes submetidas para registro e também da questão do valor, o valor que colhemos nessa joint venture, na verdade, dobramos esse valor, disse ele.

Não apenas isso, disse o renomado pesquisador, mas também a maneira como tocamos a vida dos pacientes, não apenas dos pacientes norte-americanos que se beneficiaram da biotecnologia cubana, mas também dos pacientes cubanos.

Chegamos aos pacientes e mudamos suas vidas, enfatizou Thomas Schwaab, que considerou que isso foi fundamental para conseguir a comunicação com três governos diferentes nos Estados Unidos.

De acordo com um comunicado do Grupo Empresarial BIOCUBAFARMA de 26 de setembro de 2018, naquele dia foi anunciada a criação da joint venture IIA, cuja sede estaria na Zona de Desenvolvimento Especial de Mariel.

Esse passo histórico na colaboração científica entre os dois países – dizia o comunicado - permitirá o avanço da pesquisa e do desenvolvimento de novos medicamentos contra o câncer, que podem prolongar e melhorar a sobrevivência de milhares de pacientes nos Estados Unidos. A nova empresa de biotecnologia terá entre seus produtos o medicamento CIMAVax-EGF, uma conhecida terapia para o câncer de pulmão, e três outros tratamentos de imunoterapia para diferentes tumores, desenvolvidos em Cuba. (Extraído do site da Presidência da República)