Manuel Marrero na reunião com governadores. Foto: Estudios Revolución
Havana, 27 dezembro (RHC) Na mais recente reunião com os governadores do país, o primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz reiterou que a implementação das medidas anunciadas recentemente "é uma tarefa à qual todos nós vamos nos dedicar e, para isso, é necessário atualizar os sistemas de trabalho do governo".
Cuba está iniciando um novo caminho em sua economia após o anúncio de medidas para corrigir distorções e dar novo impulso a essa esfera no próximo ano. Retificamos e buscamos soluções, convencidos de que, dada a complexidade da situação econômica e para resolvê-la, "é necessário agir", incentivar a participação cidadã e um controle rigoroso.
“Essas não são medidas de choque, nem pacote neoliberal contra o povo", disse Marrero Cruz.
Essas projeções do governo nos permitirão avançar com a convicção de que esse é o caminho certo para sair da situação atual e ajudarão a aumentar a exigência quanto à necessidade de trabalhar e trabalhar bem.
A reunião com os governadores e o prefeito do município especial Ilha da Juventude também contou com a presença do presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento), Esteban Lazo, e do vice-presidente da República, Salvador Valdés.
Os participantes analisaram questões fundamentais da realidade socioeconômica do país e foram fornecidas informações sobre os principais temas avaliados pelo vice-presidente cubano nas administrações locais do Poder Popular em 41 municípios do país durante os meses de setembro e outubro.
Nessa direção, destacou a implementação da Lei de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, o funcionamento dos comitês de contratação, a formação de sistemas produtivos locais e as diretrizes gerais para a prevenção e o enfrentamento do delito, da corrupção, das ilegalidades e da indisciplina social. Valdés destacou ressaltou que os debates revelaram uma alta rotatividade de prefeitos e vice-prefeitos, bem como falta de preparação dos quadros sobre as políticas aprovadas e as normas legais que as implementam.
Por essa razão, insistiu na importância de completar os cargos, estabilizá-los e dar continuidade à capacitação para aumentar suas competências, única forma de medir se a estrutura é adequada ou não.
Ao relatar sobre os comitês de compras e preços, Valdés explicou que, apesar de terem sido criados em todos os municípios, não se contrata, nem se controla o que é produzido. Esta é a questão que mais pesa na opinião pública.
Ele ressaltou que é necessário um maior gerenciamento das empresas estatais e das bases de produção agrícola para que assumam um papel mais importante na comercialização direta com impacto nos preços.