Kampala, 21 de janeiro (RHC) Cuba entregou oficialmente a presidência pro tempore do G-77+China a Uganda, agradecendo a posição firme do grupo contra o bloqueio dos EUA à Ilha.
O vice-presidente cubano Salvador Valdés Mesa, durante a Terceira Cúpula do Sul, disse que tinha sido um grande orgulho e honra para Havana presidir o G-77+ China pela primeira vez.
Valdés apreciou a posição firme do Grupo contra as medidas coercitivas unilaterais aplicadas contra vários de seus membros, incluindo o bloqueio injusto imposto pelos EUA ao povo cubano por mais de 60 anos.
"Entregamos hoje a Presidência a Uganda, cientes do momento histórico que estamos vivendo e do muito que ainda precisa ser feito para o bem-estar e o desenvolvimento de nossos povos. Uganda sempre pode contar com o total apoio e suporte de Cuba. Desejamos a vocês muito sucesso", enfatizou.
Afirmou que Cuba sempre defenderá a unidade em nossa diversidade. Unidos, em busca dos legítimos interesses e aspirações de nossos povos, seremos mais fortes e nossa voz será ouvida.
Por outro lado, ele apresentou às delegações para discussão, e dando continuidade às questões abordadas na cúpula de Havana em setembro passado, um projeto de resolução em nome do G77+ China para uma reunião de alto nível sobre ciência, tecnologia e inovação, em setembro de 2025. O mencionado encontro deveria aprovar medidas práticas para garantir que a ciência, a tecnologia e a inovação contribuam para acelerar o progresso na implementação completa da Agenda 2030 e da Agenda de Ação de Adis Abeba, acrescentou.
Propôs institucionalizar a realização de Cúpulas de Líderes do G77+China dentro da estrutura das Conferências dos Estados Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Esta iniciativa, materializada pela primeira vez na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP28), no ano passado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, provou sua relevância e valor. Facilitaria a ação conjunta do nosso Grupo em futuras negociações climáticas, explicou.
Finalmente, recomendou realizar uma Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Sul no segundo semestre do ano, para mostrar o progresso feito pelos membros nessas áreas, promover projetos conjuntos de pesquisa e fomentar vínculos produtivos que reduzam a dependência dos mercados ocidentais.
“Isto poderia ser a estrutura apropriada para delinear estratégias que revitalizem o Consórcio de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Sul (Costis), acordado na cúpula de Havana”, afirmou. (Fonte: PL)