Cuba defende abolição bases militares EUA
Havana, 23 de janeiro (RHC) O Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP) e o Conselho Mundial da Paz convocaram o 8º Seminário Internacional sobre a Paz e a Abolição das Bases Militares Estrangeiras, a ser realizado nos dias 4 e 5 de maio em Guantánamo.
Cuba rejeita a existência de mais de 800 bases e instalações militares que os Estados Unidos mantêm com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em todo o mundo, 70 das quais estão localizadas na América Latina e o Caribe.
Esta realidade contradiz os postulados da Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz, aprovada na 2ª Cúpula da Celac por todos os chefes de Estado e de Governo da região, reunidos em Havana em janeiro de 2014.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, denunciou que, poucos dias antes do 10º aniversário dessa proclamação, o Subsecretário Adjunto de Defesa dos EUA fez declarações na Guiana, anunciando a intensificação e o aumento da capacidade militar dos EUA.
O Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP) e o Conselho Mundial da Paz (CMP), organizadores do Seminário Internacional, assinalaram que visibilizar esta situação é um dos objetivos do evento, para o qual estão convidados defensores da paz, pesquisadores e especialistas comprometidos com a denúncia da existência de bases e instalações militares estrangeiras arbitrárias.
Os principais temas a serem abordados são os desafios e as ameaças à paz mundial, com o avanço da chamada "guerra cibernética"; a existência de armas de extermínio em massa, a ameaça à paz mundial e à segurança internacional, e a luta contra o acúmulo de armas, o aumento dos orçamentos militares e outras causas que ameaçam a paz no mundo.
O evento será realizado em Guantánamo, onde há uma base militar dos EUA, contra a vontade do povo e do governo cubanos. (Fonte: jornal Granma)