Maria Nela Prada

La Paz, 29 janeiro (RHC) A ministra da Presidência da Bolívia, María Nela Prada, qualificou hoje de criminoso o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba e exigiu que a Ilha seja retirada da lista de patrocinadores do terrorismo.

"Expressamos nossa rejeição total ao bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA, um ato criminoso sofrido pelo povo cubano por mais de seis décadas", disse Prada a esta agência de notícias.

Ela ressaltou que as represálias unilaterais impostas por Washington a nações irmãs, como Venezuela e Nicarágua, também são injustas e arbitrárias.

"Há muitas injustiças sendo cometidas no mundo, e é por isso que estamos unidos para não perder de vista onde está o principal inimigo", disse ela, alertando que a unidade dos povos é o que garante a vitória e a conquista de dias melhores para as famílias e seus filhos e filhas neste mundo.

Prada deplorou o que descreveu como genocídio cometido em Gaza por Israel contra o povo palestino e criticou a cumplicidade do governo dos EUA nesse crime contra a humanidade.

Evocou o recente 171º aniversário de nascimento do herói da independência cubana José Martí (1853-1895) e enfatizou a relevância de seu pensamento.

"Seu legado, sua vida e suas ações são de fundamental valor hoje", disse.

A ministra boliviana descreveu que, nestes tempos, os setores imperiais agressivos "estão à solta no mundo, promovendo genocídio, guerras, opressão, exploração, dominação e pilhagem de muitos países".

E enfatizou o conceito de Marti de que a pátria é a humanidade.

“Marti também nos ensinou a continuar lutando sem desistir pelo mundo melhor com o qual sonhamos, com paz, justiça social, bem-estar e liberdade para as pessoas, especialmente para os mais humildes e aqueles que sofreram opressão por muitos anos".

Recordou o líder histórico da Revolução, Fidel Castro, em sua referência a Martí como o mais universal dos cubanos, e acrescentou que o conceito de internacionalismo, de "amor à nossa América", estava presente em toda a obra do patriota cubano.

"Desde o Estado Plurinacional da Bolívia, como governo do povo, das organizações sociais, com o presidente Luis Arce à frente, prestamos homenagem a José Martí, ao heróico povo cubano, à sua Revolução, com a exigência de que cesse o bloqueio e que os Estados Unidos deixem de caluniar esse povo irmão", concluiu. (Fonte: PL)