Havana, 18 fevereiro (RHC) As recentes informações transmitidas pela América TV sobre a suposta autorização do Departamento de Comércio dos Estados Unidos em 2023 para a exportação de suprimentos médicos a Cuba no valor de mais de oito bilhões de dólares foram descritas no sábado como falsas, infundadas e sem provas.
Armando Garrido Beracierto, presidente da Empresa Importadora e Exportadora de Produtos Médicos (MediCuba S.A.), disse que essa informação, além de ser falsa e maliciosa, tem a intenção de desviar a atenção das pressões geradas pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por EUA à Ilha, que, em muitas ocasiões, impede a aquisição de medicamentos e suprimentos necessários para o atendimento da população.
Falando com os jornalistas, o funcionário cubano disse que esse relato visa mostrar ineficiências internas como a causa da escassez, a fim de negar o fato de que, no momento, nenhuma empresa farmacêutica dos EUA mantém laços comerciais ou financeiros com a MediCuba, como resultado da política de assédio e da inclusão unilateral do país caribenho na lista de países patrocinadores do terrorismo.
Explicou que a entidade procurou 69 empresas no ano passado com solicitações de negócios, das quais apenas cinco responderam, três recusaram e duas responderam positivamente, mas não foram incorporadas ao portfólio de fornecedores, que é composta por mais de 500 membros.
Isso, juntamente com a falta de acesso ao crédito e a perseguição às transações financeiras e bancárias, determina que, mesmo com disponibilidade de recursos monetários, às vezes não é possível cumprir os acordos contratados ou acessar determinados produtos ou mercados, disse.
Por sua vez, Cristina Lara Bantanzuri, diretora nacional de Medicamentos e Tecnologias Médicas do Ministério da Saúde Pública, esclareceu que persiste a vontade e o esforço do país para obter todos os materiais e suprimentos necessários, para os quais a indústria nacional cobre 62% da lista básica de medicamentos dando ênfase às doenças mais comuns, mas não é suficiente.
Enfatizou que esses números publicados pela América TV não são apenas desproporcionais e impraticáveis, mas também contradizem os números publicados em publicações anteriores nas redes sociais da representação diplomática dos EUA em Havana. (Fonte: ACN)