Imagen ilustrativa tomada de Cubaminrex
Havana, 20 de fevereiro (RHC) O Ministério das Relações Exteriores da República de Cuba emitiu o seguinte comunicado nesta terça-feira:
O companheiro Esteban Lazo Hernández, presidente da Assembleia Nacional e do seu Conselho de Estado, viajou à República do Quênia como enviado especial de alto nível, para realizar diligências urgentes com as mais altas autoridades desse país na busca de cooperação e esclarecimento, à luz das recentes notícias publicadas sobre a possível morte não confirmada dos médicos Assel Herrera Correa e Landy Rodríguez Hernández, sequestrados nesse país em 12 de abril de 2019.
Desde que recebeu a notícia, o Governo de Cuba deu prioridade absoluta às diligências realizadas por diferentes atores internacionais e por diversos meios para obter a informação mais objetiva sobre os fatos, até que se esgotaram todas as possibilidades para confirmar a situação dos nossos compatriotas.
Nesse contexto, desde domingo, 18 de fevereiro, além dos esforços e da comunicação com o governo queniano, começaram contatos oficiais com o governo da Somália para obter informações mais precisas sobre as operações militares relatadas.
De acordo com vários meios de comunicação que citam o Comando Africano dos Estados Unidos (AFRICOM), o incidente ocorreu na noite de 15 de fevereiro de 2024, durante um bombardeio de drones militares dos EUA na cidade de Dilib, na Somália, onde os sequestrados estavam sendo mantidos. Essa informação foi confirmada em 19 de fevereiro por uma porta-voz do AFRICOM, de acordo com a CNN.
O Ministério das Relações Exteriores entrou em contato com o governo dos EUA por meio dos canais diplomáticos no domingo, 18 de fevereiro, para obter esclarecimentos e ainda está aguardando uma resposta.
Até o momento, não houve nenhuma declaração pública do governo dos EUA ou de suas forças amigas confirmando a notícia sobre os cooperantes cubanos sequestrados ou negando o que tinha sido relatado.
Não há conhecimento das circunstâncias e características da operação militar que a porta-voz do AFRICOM confirma ter ocorrido, se a mesma se justificava e se foi realizada com o cuidado obrigatório de evitar danos colaterais, proteger civis e inocentes e com o devido respeito ao direito humanitário internacional.
É um assunto sobre a qual as organizações internacionais expressaram sérias preocupações no passado. (Extraído do Cubaminrex)