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Havana, 04 de março (RHC) Mais de 140 organizações e indivíduos em Maryland assinaram uma carta aberta ao Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA pedindo o fim do bloqueio a Cuba.
A carta, endereçada ao senador democrata Ben Cardin, atual presidente do influente comitê, pede que ele trabalhe pela cessação do bloqueio econômico, comercial e financeiro e que avance "na normalização das relações entre nossos dois países".
Os signatários lembraram que o bloqueio está em vigor há mais de 60 anos "e, nesse período, seu principal efeito foi o sofrimento maciço do povo cubano".
"Por sua própria natureza, o embargo (bloqueio) impede o desenvolvimento econômico de Cuba e prejudica toda a população" a um custo de 159 bilhões de dólares desde sua imposição, de acordo com dados do governo cubano, destacou o texto.
O documento asssinala que os efeitos dessa medida coercitiva extraterritorial "se sentem em todos os aspectos da vida cotidiana, particularmente nas comunidades vulneráveis".
O bloqueio "dificulta o acesso a bens essenciais como alimentos, água e medicamentos; agrava a insegurança alimentar e a desnutrição; contribui para a escassez de combustível e energia; reduz o acesso a insumos agrícolas e industriais; corrói bens públicos básicos como saúde e educação", enfatiza o documento.
Finalmente, essa política hostil "viola os direitos humanos fundamentais".
Todos os anos, por mais de três décadas (com exceção de 2020, devido à pandemia de Covid-19), a Assembleia Geral da ONU votou quase por unanimidade para pedir o fim do bloqueio.
A missiva a Cardín reiterou que o status quo da política dos EUA em relação a Cuba também é impopular em casa.
"Uma e outra vez pesquisas revelaram que uma maioria significativa do público norte-americano, incluindo uma maioria de democratas e republicanos, apoia o fim do embargo", asseverou.
Da mesma forma, destacou que, por muitos anos, o senador Bob Menendez - indiciado por corrupção - usou sua posição como chefe do Comitê de Relações Exteriores para obstruir qualquer medida de alívio para o povo cubano.
Em seu pedido a Cardín, os que assinaram a carta esperam que seu legado ao deixar o Congresso em breve "seja o de alguém disposto a transcender a inércia do status quo e fazer o que é correto; para o povo de Cuba, dos Estados Unidos e do mundo inteiro". (Fonte: Prensa Latina)