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Havana, 18 de março (RHC) "Em meio a um bloqueio que pretende nos sufocar, continuaremos trabalhando em paz para sair desta situação", afirmou o presidente Miguel Díaz-Canel através da rede social X.
O chefe de Estado cubano denunciou a propaganda e a instigação dos inimigos da Revolução para provocar a desestabilização e o caos, a partir das tensões geradas pelas atuais limitações do serviço de eletricidade no país, devido à escassez de combustível, e outras carências diárias, como resultado principalmente da implacável política de asfixia econômica do governo dos Estados Unidos contra Cuba.
"Nas últimas horas vimos como os terroristas radicados nos Estados Unidos, que denunciamos em reiteradas ocasiões, estão incentivando ações contra a ordem interna do país", acusou o presidente, em referência à crescente campanha contrarrevolucionária que, por meio da multiplicação artificial de mensagens de ódio e conteúdos subversivos difundidos em redes sociais e sites anticubanos, distorcem e manipulam as reclamações de grupos de cidadãos logicamente inconformados com o serviço de eletricidade e a distribuição de alimentos.
"A disposição das autoridades do Partido, do Estado e do Governo é atender às demandas do nosso povo, ouvir, dialogar, explicar as inúmeras medidas que estão sendo tomadas para melhorar a situação, sempre em uma atmosfera de calma", argumentou Díaz-Canel.
Um exemplo claro disso foi o diálogo franco e aberto que a primeira-secretária do Comitê Provincial do Partido em Santiago de Cuba, Beatriz Johnson Urrutia, manteve ontem com um grupo de pessoas que se queixaram do desequilíbrio de horário no fornecimento de eletricidade e as afetações com produtos como o leite para crianças.
De acordo com declarações em X, Johnson Urrutia explicou que "o povo de Santiago de Cuba foi respeitoso e ouviu atentamente as informações fornecidas pela direção do município sobre a distribuição da cesta básica", e acrescentou que "também discutiram o fornecimento de eletricidade, a partir de avarias nas usinas termoelétricas e os problemas com a disponibilidade de combustível".
"A premissa será sempre a atenção e o esclarecimento ao povo, em um ambiente de paz e tranquilidade, diante das persistentes tentativas dos contrarrevolucionários e terroristas no exterior de desestabilizar o país", ressaltou, também em X, o membro do Bureau Político e Secretário de Organização do Comitê Central do Partido, Roberto Morales Ojeda.
O fato de que o inimigo tradicional da Revolução Cubana e seu coro de mercenários se unam para estrangular a Ilha não é coisa espontânea.
"Buscam a asfixia com o bloqueio genocida e, sobre as penúrias e dificuldades cotidianas que nos impõem, articulam sua outra guerra a partir das plataformas que dominam e utilizam", denunciou o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, ao apontar a interferência da embaixada dos EUA em Havana.
"A responsabilidade direta e cruel dos Estados Unidos na aguda situação econômica que pesa sobre o bem-estar do povo cubano é bem conhecida. O governo dos EUA, especialmente sua embaixada em Cuba, não devem se intrometer nos assuntos internos do país e incitar a desordem social" exigiu o chanceler cubano.