Foto: Juvenal Balán
Havana, 02 de abril (RHC) O Ministério do Transporte de Cuba está buscando fontes de financiamento que permitam, a partir de um esquema aprovado pelo governo cubano em 2023, a redistribuição dentro do setor, utilizando parte da moeda estrangeira conversível obtida com as exportações na sustentabilidade do transporte público de passageiros e de carga.
Foi o que explicou o ministro do Transporte, Eduardo Rodríguez Dávila, através da rede social Facebook, ao desmentir a informação que tinha circulado no último fim de semana, na qual se levantava a possibilidade de uma possível autorização para que as empresas de transporte das chamadas Gazelas, que circulam em Havana, cobrassem viagens em moeda estrangeira, dificultando a situação existente no país.
Rodríguez Dávila destacou: "em nenhum caso estamos anunciando que esses serviços serão prestados em moeda estrangeira, queremos deixar bem claro que o assunto foi mal interpretado".
Para obter fontes de financiamento em moeda estrangeira conversível, estamos trabalhando em duas variantes: continuar a aumentar as exportações e identificar fontes de créditos reembolsáveis, com base nos fluxos gerados pelas exportações, para poder expandir a capacidade de compra no curto prazo.
Alternativas nas que estamos trabalhando têm a ver com projetos colaborativos e outras fontes não reembolsáveis, que, embora possíveis, costumam ser mais difíceis de obter e exigem longos processos de aprovação e implementação.
O ministro acrescentou que, no esquema, as fontes de financiamento em moeda conversível permitem que os arrendatários tenham acesso a peças de reposição, pneus, baterias, lubrificantes e outros recursos a preços mais baixos e em moeda local.
Esta implementação mostra bons resultados. Um exemplo disso é o caso dos microônibus Gazelas, que no ano passado se beneficiaram da empresa Taxis Cuba com a compra de pneus e baterias que são vendidos aos arrendatários em moeda nacional, a preços mais baixos do que os disponíveis no mercado.
Ele disse que "o objetivo é apoiar a importação dos principais recursos exigidos pelos veículos, para que seus arrendatários possam adquiri-los na moeda em que prestam seus serviços". (Fonte: Granma)