Díaz-Canel e Putin
Moscou, 09 de maio (RHC) O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, disse na reunião com seu colega Vladimir Putin, que vir à Rússia representa um espaço de aprendizado.
"Para nós, esta visita, como as anteriores, à Federação Russa é sempre uma fonte de satisfação e um momento de aprendizado", comentou o chefe de Estado cubano no início do diálogo com Putin, com quem analisou as relações bilaterais na esfera diplomática, política e econômica.
Díaz-Canel aproveitou a reunião para parabenizar, em nome do povo e do governo de seu país, o recém-reeleito presidente da Rússia, que recebeu um apoio popular esmagador.
Falou que era um privilégio para ele e para a delegação que o acompanhava poder estar com os russos nas comemorações da vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Grande Guerra Patriótica (1941-1945).
"É, sem dúvida, uma data muito importante para o povo russo e para toda a humanidade, e estar presente aqui também significa nosso compromisso com o ideal que a URSS defendeu naquela época".
"Algo que tem enorme relevância nos dias de hoje quando se trata de descontextualizar a história dos povos para avançar na política hegemônica e imperial de descolonização cultural que o governo dos Estados Unidos está praticando", ressaltou.
Por outro lado, comentou sua participação, pela primeira vez em pessoa, no Conselho Econômico Supremo Eurasiático, um mecanismo que descreveu como bem-sucedido em seus esforços para alcançar a integração das nações membros (Rússia, Cazaquistão, Armênia, Belarus, Quirguistão e Uzbequistão e Cuba como observador).
No diálogo com Putin, o presidente cubano recordou que todos os dias seu país é alvo de uma "política de pressão máxima" de Washington, intensificada em nível global por uma "intoxicação da mídia contra a Revolução Cubana da mesma forma que é feita com a Rússia".
Nesse sentido, destacou a intensificação do bloqueio dos EUA contra Cuba durante o governo de Donald Trump e sustentado pelo atual presidente Joe Biden, provocando uma crise em setores sensíveis da sociedade, com o objetivo de dividir o povo.
"Não vamos renunciar, nem vamos nos render, nós, os cubanos, temos uma tradição de resistência com capacidade de criação e inovação. Não vamos desistir, continuaremos a defender nosso projeto de desenvolvimento econômico e social socialista", enfatizou o chefe de Estado.
E reiterou que Moscou "sempre terá o apoio" de Havana, ao mesmo tempo em que condenou a manipulação geopolítica da Casa Branca e a ameaça da OTAN de se aproximar cada vez mais das fronteiras da Rússia em busca de um confronto global.
Díaz-Canel desejou à Federação Russa muito sucesso na forma como está conduzindo a operação militar especial na Ucrânia.
Em 09 de maio, finaliza a visita de trabalho de três dias do presidente cubano à Rússia, onde cumpriu uma intensa agenda bilateral. Esta é a quarta vez que Díaz-Canel visita Moscou. Anteriormente esteve em 2018, 2019 e 2022, que foram marcadas por acordos de negócios, comércio e cultura, entre outros tópicos. (Fonte: PL)