López Obrador
Cidade do México, 13 de maio (RHC) O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador reiterou seu pedido aos Estados Unidos para que suspendam o bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba e saudou recente decisão sobre o envio de remessas para a Ilha.
Em resposta a uma pergunta sobre as conversas mantidas sobre questões de migração com Elizabeth Sherwood-Randall, assessora da Casa Branca para Segurança Interna, o presidente insistiu em sua coletiva de imprensa habitual que é necessário abordar as causas desses fluxos.
Nesse sentido, mencionou, entre outras questões, a existência do cerco imposto por Washington à Cuba por mais de seis décadas, e pediu sua eliminação.
"Acabaram de tomar uma decisão - acabei de ser informado hoje - que eu saúdo, se for verdade, de que estão levantando a proibição de que os membros da família daqueles que decidiram viver em Cuba possam receber remessas, porque estavam proibidos de fazê-lo. Imagine isso", disse ele. Imaginem só", disse ele.
"No caso do México, somos muito gratos aos nossos compatriotas migrantes, que enviam 63 bilhões de dólares para seus parentes, mas como é que, no caso de Cuba, um parente nos Estados Unidos é proibido de enviar apoio a um pai, uma mãe, um avô?
"Ontem parece que tomaram uma medida para permitir que recebam remessas. Não como deveria ser, sem limites", disse López Obrador, acrescentando que a medida ainda parece estar em sua fase inicial.
No entanto, descreveu a medida como um bom passo e expressou sua esperança de que os governantes dos Estados Unidos continuem com essas ações e que os políticos de ambos os partidos entendam que, acima dos interesses econômicos e ideológicos, estão os direitos humanos e a fraternidade universal.
"Podemos brigar em cima, podemos ter nossas posições políticas e ideológicas, mas qual é a culpa do povo e por que ele tem que sofrer com essas diferenças?", acrescentou o presidente, dizendo que isso "não tem nada a ver com liberdade, democracia e muito menos com humanismo".
O jornal Granma, o de maior circulação em Cuba, destacou na última sexta-feira a retomada dos serviços da Western Union para o envio de remessas dos Estados Unidos.
Em coordenação com seu parceiro de processamento Orbit S.A., a empresa norte-americana anunciou no dia anterior que o restabelecimento das operações seria imediato, informou o jornal.
Esse serviço foi suspenso em 2020, depois que o governo do presidente Donald Trump sancionou a empresa financeira Fincimex, como parte das medidas unilaterais de Washington para reforçar o bloqueio.
Em 2022, houve um período de retomada com certas limitações, mas depois foi interrompido novamente devido a problemas técnicos.
De acordo com as operadoras, os clientes nos Estados Unidos poderão enviar até dois mil dólares por transação mediante a apresentação de um documento de identidade válido emitido pelo governo dos EUA.