Foto: Alejandro Azcuy
Havana, 15 de maio (RHC) O presidente Miguel Díaz-Canel reiterou a determinação de Cuba de avançar em seu desenvolvimento econômico e social, apesar da intensificação do bloqueio norte-americano que tenta subverter o processo revolucionário.
Em entrevista com o jornalista e escritor espanhol Ignacio Ramonet, publicada na quarta-feira no diário Granma (o jornal de maior circulação), o chefe de Estado cubano afirmou que, diante das agressões, o país não ficou de braços cruzados e está desenvolvendo sua capacidade de resistência.
Destacou que o endurecimento e a ampliação do cerco norte-americano, a inclusão de Cuba na lista unilateral do Departamento de Estado de países que supostamente patrocinam o terrorismo e, em geral, a política hostil de Washington tornaram a vida cotidiana da população particularmente difícil nos últimos anos.
Somos um país que sofreu as limitações e as adversidades impostas pelo bloqueio por mais de sessenta anos; um bloqueio que é ilegal, injusto, anacrônico como política e carregado, acima de tudo, de uma perspectiva arrogante do governo dos EUA, disse.
O presidente Díaz-Canel explicou que o endurecimento dessa política desde 2019, sob a administração republicana de Donald Trump, cortou todas as fontes de renda em moeda estrangeira para a nação, e a aplicação do Título III da Lei Helms-Burton pressiona os investidores estrangeiros.
Simultaneamente, explicou, se organizou uma enorme perseguição energética e financeira, 92 bancos ou entidades financeiras internacionais foram sancionados, ou pressionados pelo governo dos Estados Unidos, razão pela qual cessaram suas relações de intercâmbio financeiro com Cuba.
Destacou que isso, junto com o corte das remessas, que era uma importante fonte de renda para o país, e as medidas contra os países que abasteciam a Ilha com combustível estável, levou a um déficit na disponibilidade de moeda estrangeira e a problemas energéticos.
Afirmou que, como parte dessas ações, o turismo diminuiu significativamente porque o governo dos Estados Unidos nega o direito do povo norte-americano de visitar Cuba; os cruzeiros não puderam mais aportar em Cuba, e essa modalidade representava uma parte importante do fluxo de visitantes. Cuba sofreu limitações e adversidades, mas o país foi capaz não só de resistir ao bloqueio, como também, nessas condições, avançou, contribuiu e cresceu como nação e, além disso, se desenvolveu.
Se bloqueados fomos capazes de fazer tantas coisas, o que não teríamos sido capazes de fazer sem o bloqueio, sentenciou o presidente cubano. (Fonte: Prensa Latina)