Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil
Brasília, 17 maio (RHC) O governo brasileiro saudou na sexta-feira a decisão dos Estados Unidos de retirar Cuba de sua lista unilateral de países que não cooperam plenamente na luta contra o terrorismo.
"O Brasil acredita que este é um passo importante na direção correta e insta o governo norte-americano a também excluir Cuba de sua lista unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo, da qual derivam fortes e injustificadas sanções contra o país caribenho", afirma um documento do Itamaraty.
O documento ressalta que "a manutenção de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo é unanimemente rejeitada pelos países da América Latina e do Caribe".
A nota do Ministério das Relações Exteriores lembra que a posição regional foi expressa na declaração especial aprovada na última cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizada em março em Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, e pela grande maioria da comunidade internacional.
Naquela cúpula, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva também defendeu a cessação do bloqueio dos EUA contra Cuba e condenou todas as sanções unilaterais sem amparo do Direito Internacional.
Lula afirmou que "todas as formas de sanções unilaterais, sem amparo no Direito Internacional, são contraproducentes e penalizam os mais vulneráveis".
Em relação à lista espúria de Washington, o líder cubano, Miguel Díaz Canel, escreveu na rede social X em 15 de maio: "ao constatar o que todos já sabem de Cuba, que coopera na batalha contra o terrorismo, os EUA deveriam fazer o que é correto e coerente com essa posição: remover Cuba da lista arbitrária do Departamento de Estado e pôr fim às medidas econômicas coercitivas que a acompanham".
O ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, destacou no X: a Casa Branca admitiu o que todos conhecem: "Cuba colabora plenamente com os esforços contra o terrorismo".
E instou os EUA a cessar "toda manipulação política da questão e pôr fim à nossa inclusão arbitrária e injusta na lista de países que patrocinam o terrorismo". (Fonte: PL)