Elio Rodriguez
Nações Unidas, 13 de junho (RHC) Cuba rejeitou hoje nas Nações Unidas a aplicação de medidas coercitivas, descrevendo como nocivo o seu impacto nas condições atuais de uma economia internacional em crise e o aumento inaceitável de seu uso.
Dirigindo-se à Assembleia Geral, o vice-ministro cubano das Relações Exteriores, Elio Rodríguez, lembrou que a aplicação de medidas coercitivas prejudica os esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, bem como os planos nacionais de desenvolvimento.
Tais medidas unilaterais impedem a inserção nos mercados internacionais em igualdade de condições, de maneira justa e inclusiva, observou.
O vice-chanceler rejeitou o cerco econômico e comercial imposto por Washington contra seu país, considerado o mais severo e prolongado sistema de medidas coercitivas aplicado contra qualquer nação.
Trata-se, afirmou, de um ato deliberado de guerra econômica com o objetivo de impedir as receitas financeiras no país, destruindo a capacidade do governo de atender às necessidades da população, colapsando a economia e criando uma situação de ingovernabilidade.
O bloqueio é uma violação maciça, flagrante e sistemática dos direitos humanos de todos os cubanos e é quase unanimemente repudiado pela comunidade internacional, enfatizou, lembrando que 80% da população cubana nasceram sob o efeito dessa política.
A política de asfixia de Washington foi reforçada pela inclusão arbitrária de Cuba na lista unilateral do Departamento de Estado de países que supostamente patrocinam o terrorismo, advertiu.
"É uma designação sem qualquer base, autoridade ou respaldo internacional, para justificar e endurecer o cerco contra Cuba com o qual os Estados Unidos continuam a punir o povo cubano".
Na opinião do representante cubano, não basta reconhecer que Cuba coopera plenamente com os Estados Unidos na luta contra esse flagelo, como admitiu o Departamento de Estado, mas a Ilha deve ser retirada dessa lista espúria sem mais demora.
Rodríguez falou sobre o debate convocado pela Assembleia Geral sobre o fim das medidas coercitivas extraterritoriais unilaterais usadas como instrumento de coerção política, que descreveu como oportuno.
A eliminação completa, imediata e incondicional de tais medidas é uma exigência histórica da comunidade internacional, estampada nas resoluções da Assembleia Geral da ONU e do Conselho de Direitos Humanos, bem como em inúmeras declarações, lembrou.
O vice-ministro agradeceu a solidariedade internacional diante do cerco dos EUA, assegurando que a nação caribenha não renunciará ao seu sistema de justiça social, apesar das limitações impostas.
"Continuaremos a ser uma nação absolutamente independente e soberana, dona de seu destino. É uma conquista alcançada com o sacrifício de várias gerações, que sempre defenderemos", enfatizou. (Fonte: PL)