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Havana, 14 e junho (RHC) O presidente cubano Miguel Díaz-Canel lembrou na sexta-feira a coincidência histórica do nascimento em 14 de junho, embora em séculos diferentes, de duas figuras paradigmáticas das lutas pela independência nacional: Antonio Maceo e Ernesto Guevara.
Em seu perfil no X, o chefe de Estado escreveu: "Hoje celebramos uma coincidência deslumbrante da história continental: o nascimento no mesmo dia, com menos de um século de diferença, de dois revolucionários radicais, dois paradigmas humanos, dois heróis fundamentais na essência de justiça da #RevoluçãoCubana".
Por sua vez, o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento), Esteban Lazo, destacou o exemplo de intransigência revolucionária de Maceo e do "Che" - como Guevara era chamado aqui - e assegurou que seu legado é uma inspiração em meio aos desafios atuais e futuros.
O Secretário de Organização do Partido Comunista de Cuba (PCC), Roberto Morales, exemplificou a intransigência de ambos os revolucionários com frases que se tornaram famosas na Ilha: "não, nos entendemos", alfinetou Maceo à proposta do exército espanhol de paz sem independência.
Enquanto isso, o guerrilheiro argentino-cubano alertava o mundo que "não se pode confiar no imperialismo (o governo dos EUA) nem um pouquinho, nada". O povo de Cuba não se dobrará, comentou o alto dirigente do PCC na própria rede social.
O 179º aniversário do nascimento de Antonio Maceo (1845) e o 96º de Ernesto Guevara (1928) é o ponto culminante de dias de homenagens que começaram em 1º de junho para destacar a dedicação de ambos os patriotas à conquista da independência da Ilha.
Os cubanos de hoje também destacam as semelhanças entre os dois revolucionários, que não se limitam ao dia de seus aniversários, pois seus pensamentos e ações em diferentes séculos fazem com que sejam exemplos de coragem pessoal, honestidade, senso de solidariedade e compromisso com as causas libertárias de Cuba e da América Latina.
Sobre eles, o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, expressou: "Se um (Maceo) disse que quem tentasse se apoderar de Cuba recolheria o pó de seu solo encharcado de sangue caso não perecesse na luta, o outro (Che) encharcou o solo da Bolívia com seu sangue tentando impedir que o império se apoderasse da América".
"Ambos foram invasores de Leste a Oeste; ambos morreram em combate; ambos são hoje símbolos insuperáveis de coragem e intransigência revolucionária", enfatizou Fidel Castro. (PL)