Cidade do México, 01 de julho (RHC) O ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, disse hoje no México que são imperativos atuais a participação real das mulheres na elaboração e implementação da política externa, e da cooperação internacional para o desenvolvimento.
Durante sua intervenção no Segmento de Alto Nível da 3ª Conferência Ministerial sobre Política Externa Feminista, Rodríguez disse que quase 30 anos após a Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher e a adoção da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, ainda há muito a ser feito em termos de igualdade de gênero e empoderamento das mulheres.
"Nosso primeiro pensamento vai para as mulheres e meninas palestinas, que estão sofrendo um genocídio implacável e brutal. Suas vidas lhes são tiradas e são privadas de todos os seus direitos", disse o ministro cubano.
Enfatizou que, em Cuba, o primeiro país a assinar e o segundo a ratificar a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, existe uma vontade política e um mandato constitucional para continuar avançando rumo à plena igualdade de gênero.
Assegurou que a implementação do Programa Nacional para o Avanço da Mulher, como um programa governamental que promove o avanço e a igualdade de direitos e oportunidades para as mulheres, bem como a eliminação das expressões de discriminação que persistem na sociedade cubana, é de importância transcendental.
E ressaltou que a vice-primeira-ministra do governo, Inés María Chapman, foi nomeada para coordenar as ações e medidas do programa em todos os níveis da sociedade.
Três anos após sua implementação, foram registrados resultados notáveis, como a criação do Observatório Cubano de Igualdade de Gênero.
Da mesma forma, os benefícios sociais para maternidade e paternidade foram estendidos para 15 meses após o parto, e foram implementados protocolos para lidar com a violência de gênero em diferentes esferas, inclusive no lugar de trabalho.
Na Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento), 56% dos deputados são mulheres, o que situa Cuba como segundo dos cinco países do mundo a alcançar a paridade de gênero nos parlamentos.
As mulheres cubanas são maioria nos setores de educação e saúde, no judiciário, na ciência e na força de trabalho qualificada, acrescentou.
"Contra todas as dificuldades e desafios, especialmente o extremo endurecimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos Estados Unidos, que tanto prejudica as meninas, mulheres e famílias cubanas, continuaremos avançando na implementação de políticas e programas que garantam a plena igualdade das mulheres em nossa sociedade", disse o ministro das Relações Exteriores de Cuba. (Fonte: Prensa Latina)