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Washington, 09 de julho (RHC) A Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos pediu na terça-feira ao governo de Joe Biden que retirasse Cuba da lista arbitrária de países que patrocinam o terrorismo e iniciasse o caminho do entendimento mútuo.
Em carta endereçada ao Secretário de Estado, Antony Blinken, o presidente do Comitê de Justiça e Paz, Bispo Elías Zaidan, reiterou a posição histórica da Conferência que, junto com a Santa Sé e a comunidade internacional, exigiram a cessação do bloqueio que pesa há mais de 60 anos sobre a nação caribenha.
Lembrou que, quando em 2021 o governo de Donald Trump designou Cuba como patrocinadora do terrorismo, eles expressaram seu profundo desacordo e enfatizaram a "posição de longa data em favor de uma forte cooperação bilateral para o bem dos povos norte-americano e cubano".
"Peço-lhe, Senhor Secretário, que retire a designação de Cuba como Estado patrocinador do terrorismo e maximize o compromisso de nosso país pelo bem do povo cubano", concluiu o Bispo Zaidan.
Esse pronunciamento se junta ao amplo apelo de líderes religiosos, igrejas e organizações religiosas que veem a inclusão de Cuba na lista de países terroristas como uma medida coercitiva contrária à ética de suas confissões religiosas.
A Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, fundada em 1966, é um órgão permanente que reúne os bispos católicos do país.
Dias antes do fim de seu mandato, em janeiro de 2021, Trump reintegrou Cuba à lista unilateral de Estados Patrocinadores do Terrorismo, da qual o país caribenho foi retirado em 2015, durante o governo do democrata Barack Obama.
Apesar dos apelos dentro e fora do território dos EUA para excluir Cuba da lista, Biden ainda não deu ouvidos à demanda.
Paradoxalmente, Cuba tem sido vítima, ao longo dos anos, do terrorismo organizado e financiado a partir dos EUA contra seu povo. (Fonte: PL)