Foto tomada de Internet
Havana, 15 de julho (RHC) O Conselho de Paz dos Estados Unidos e a Casa da América Latina do Irã (HOLA) pediram a retirada de Cuba da lista arbitrária de Washington sobre patrocinadores do terrorismo, que hoje serve para reforçar o bloqueio.
Uma declaração conjunta publicada em Washington no site do Conselho lembrou que a inclusão da Ilha na "Lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo (SSOT)" pelo Departamento de Estado ocorreu pela primeira vez em 1982, durante o governo de Ronald Reagan (1981-1989).
Trata-se de uma ação para intensificar e reforçar ainda mais o bloqueio genocida contra Cuba, que causou a morte de pessoas inocentes, bem como perdas financeiras de mais de 159 bilhões de dólares a preços atuais, enfatizou.
A consequência mais saliente da inclusão na SSOT, acrescentou, é o espectro de risco associado a qualquer tipo de ajuda humanitária, negócios, investimentos e comércio envolvendo Cuba.
O texto explica que a tragédia se torna mais evidente quando se considera o fato de que o principal alvo de tal política são os cidadãos cubanos, tentando privá-los da realização e do gozo de seus direitos humanos básicos.
Também busca "criar obstáculos para transações econômicas e financeiras de terceiros com Cuba, por medo de multas".
E menciona que algumas universidades norte-americanas estão proibidas de apoiar pesquisas acadêmicas ou outros trabalhos de artistas, escritores, ativistas e jornalistas cubanos residentes na Ilha, e foi congelado o financiamento para grupos religiosos, vetando suas remessas de suprimentos humanitários.
"Cuba é uma nação que tem sido vítima constante do terrorismo por décadas é falsamente rotulada como um país que supostamente patrocina o terrorismo", enfatizaram as duas organizações, alertando que isso "mostra até que ponto o significado real da palavra terrorismo pode ser distorcido".
Cuba, como um exemplo único, tem estado na vanguarda da solidariedade internacional com outros povos, razão pela qual afirmaram que este é um momento de unidade para exigir sua remoção imediata dessa lista.
Em 2015, o então governo democrata de Barack Obama (2009-2017) retirou Cuba da lista após considerar que tal designação carecia de fundamento.
Mas seu sucessor republicano Donald Trump (2017-2021) adotou 243 medidas para reforçar o bloqueio com uma política de pressão máxima que reverteu os passos dados nas relações entre os dois países no último período de Obama.
Dias antes do fim de seu mandato em janeiro de 2021, deixando uma herança desastrosa para seu sucessor, Trump tornou a colocar Cuba nessa lista, uma decisão que o atual ocupante do Salão Oval, Joe Biden, ainda se recusa a reverter.
O Conselho de Paz dos Estados Unidos é uma organização ativista pela paz e desarmamento fundada em 1979, afiliada ao Conselho Mundial da Paz. (Fonte: Prensa Latina)