Foto: Studio Revolución

Havana, 26 de julho (RHC) Ao discursar na cerimônia pelo Dia da Rebeldia Nacional, Salvador Valdés Mesa, membro do Bureau Político e vice-presidente da República, afirmou que os herdeiros do heroísmo e do sacrifício daqueles que deram suas vidas pela liberdade da Pátria continuarão a obra da Revolução para sempre.

Os inimigos não devem se iludir,  inevitavelmente vão se decepcionar mais uma vez, avisou.

Diante de qualquer obstáculo, dificuldade ou sacrifício, inclusive o de nossas próprias vidas, continuaremos a repetir a ordem do major-general Serafín Sánchez Valdivia sabendo que havia sido mortalmente ferido por uma bala inimiga: "Não importa, que a marcha continue!", sentenciou Valdés Mesa na cerimônia que marcou o 71º aniversário do ataque aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes.

O membro do Bureau Político recordou que o ano de 1953 marcou um ponto de inflexão definitivo no desenvolvimento histórico de Cuba; definiu o rumo que vem sendo seguido até hoje; cunhou verdades de valor permanente; estabeleceu princípios éticos para todos os tempos e definiu a atitude invariável a ser mantida diante de perigos, desafios e dificuldades.

Essas verdades, assim como a unidade, são armas poderosas, ainda mais em circunstâncias complexas como as atuais, ressaltou.

Em outro trecho da fala asseverou que, por mais que o inimigo tente esconder, qualquer pessoa honesta, mesmo que não compartilhe as ideias da Revolução, entende que a intensificação do bloqueio e o resto das medidas agressivas implementadas contra Cuba pelo governo dos EUA, é a causa fundamental das dificuldades econômicas, com repercussões inevitáveis em todas as esferas da sociedade.

No entanto, disse, não estamos de braços cruzados esperando que o bloqueio seja cancelado e que sejamos retirados da lista de supostos patrocinadores do terrorismo, que tanto nos prejudica.

Da mesma forma, reconheceu nossas próprias deficiências, inadequações e erros, que estão sendo debatidos abertamente, dando voz aos cidadãos, sabendo que o inimigo ampliará imediatamente até mesmo a menor dificuldade ou mentira na tentativa de culpar o socialismo que está sendo construído ou os líderes do país e, assim, influenciar a opinião pública.

É um mal inevitável que assumimos porque estamos convencidos de que essa é a única maneira de encontrar as melhores soluções juntos, refletiu o Vice-Presidente da República.

E admitiu: sempre será pouco o reconhecimento para este povo que enfrenta as dificuldades da vida cotidiana com a confiança de que somente o socialismo pode superá-las com justiça, sem deixar ninguém abandonado à própria sorte, buscando alternativas e soluções e priorizando os setores e grupos populacionais em condições mais vulneráveis.

 Valdés Mesa enfatizou que na produção de alimentos, com trabalho, suor e inteligência, a maioria dos produtos que o país consome deve e pode ser obtida, porque hoje o preço do que antes era importado é inacessível.

Nessa importante atividade, o município tem a missão de desempenhar um papel de liderança, já que, na maioria deles, a atividade agrícola é a principal atividade econômica, ou pelo menos uma delas, acrescentou.

Da mesma forma, reafirmou a necessidade de as províncias alcançarem um maior grau de autonomia, soberania, segurança alimentar e desenvolvimento territorial.

O vice-presidente cubano destacou que é essencial reduzir os gastos não essenciais e aumentar a receita orçamentária.

Como em qualquer família, nenhuma nação pode se permitir gastar mais do que produz, explicou.

O avanço do plano de investimento em fontes de energia renováveis e a realização das transformações definitivas da empresa estatal socialista são outras tarefas de primeira ordem, comentou.

E enfatizou que tudo isso está sendo feito no processo de implementação das projeções do governo para corrigir distorções e relançar a economia neste ano, no qual o progresso está sendo feito sem pressa, medindo bem antes de dar cada passo, sobretudo avaliando o impacto da medida sobre as pessoas de baixa renda, mas ao mesmo tempo com a urgência que as circunstâncias atuais exigem.

Continuaremos a fazer progressos decisivos em todas essas frentes, sem negligenciar nem por um momento a defesa da pátria em seu sentido mais amplo.

A vigilância revolucionária nunca pode ser negligenciada, advertiu. E pediu a participação consciente e ativa de trabalhadores, camponeses, estudantes, donas de casa e do povo em geral, convencido de que essa é a maneira mais eficaz de enfrentar a subversão, o crime, a corrupção, a indisciplina, a desorganização, a indolência, o descuido e a falta de controle.

A cerimônia, presidida pelo general de Exército Raúl Castro e o chefe de Estado Miguel Díaz-Canel, também contou com a presença do Comandante da Revolução e assaltante da Moncada Ramiro Valdés Menéndez; o Comandante do Exército Rebelde José Ramón Machado Ventura; combatentes do ato heróico de 26 de Julho, expedicionários do Granma, cerca de 140 amigos solidários de 24 países e mais de cinco mil habitantes de Sancti Spíritus. (Fonte ACN)