Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 13 de setembro (RHC) O presidente da República, Miguel Díaz-Canel, enfatizou na quinta-feira a importância do multilateralismo para garantir um futuro confiável, onde ações sejam tomadas em conjunto contra a coerção, a desigualdade, o genocídio, os padrões duplos e a ameaça de guerra.
Em mensagem para a Convocação Global da Cúpula do Futuro, o chefe de Estado ressaltou que tais aspirações só prevalecerão se houver verdadeira vontade política para remover as bases da atual ordem internacional profundamente injusta, desigual e excludente.
"Não será possível falar em futuro enquanto não parar a barbárie sionista contra a Palestina, enquanto prevalecer a filosofia da desapropriação, que é a filosofia da guerra, como advertiu o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, há 64 anos", enfatizou.
Díaz-Canel advertiu que o futuro será uma quimera limitada a relatórios e discursos, enquanto os gastos com armas continuarem a crescer escandalosamente e os fundos essenciais para financiar o desenvolvimento forem reduzidos, congelados ou bloqueados.
Ressaltou que não se pode falar em "futuro sem fornecer aos mais vulneráveis os meios financeiros, tecnológicos e científicos necessários" para enfrentar o atual desafio das mudanças climáticas e o caminho para o desenvolvimento.
"A reforma profunda que requer a arquitetura financeira internacional é fundamental para fechar a lacuna abismal que separa o Norte do Sul", indicou o presidente cubano, ao mesmo tempo em que advertiu que esse exercício não pode ser traduzido em benefícios reais para os povos se não for realizado sob a liderança das Nações Unidas.
Da mesma forma, destacou que os efeitos dos desequilíbrios causados pela ordem econômica internacional se multiplicam para os países sujeitos a medidas coercitivas unilaterais.
O presidente cubano reiterou seu apelo aos Estados para que se abstenham de decretar e aplicar as medidas que violam o direito internacional e a Carta das Nações Unidas.
Afirmou que, para Cuba, o futuro exige que o bloqueio ilegal dos Estados Unidos seja levantado de uma vez por todas e que o país seja retirado da lista arbitrária de Estados que supostamente patrocinam o terrorismo. (Fonte: Prensa Latina)