Bruno Rodriguez
Nações Unidas, 27 de setembro (RHC) O ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, denunciou na sexta-feira as tentativas de Israel de exterminar a cultura palestina e considerou a potência ocupante uma fonte de instabilidade que põe em risco o Oriente Médio.
Durante a 6ª Reunião Ministerial do Grupo de Amigos em Defesa da Carta das Nações Unidas, Rodríguez pediu respeito à soberania territorial de todos os países da região para começar a construir um caminho que leve à paz.
"As Nações Unidas não devem continuar falhando à Palestina, que tem o direito de se tornar um membro pleno desta organização", exigiu na reunião organizada paralelamente à semana de alto nível da Assembleia Geral da ONU.
O chefe da diplomacia cubana compartilhou a dor das famílias que foram vítimas dos 76 anos da Nakba - catástrofe em árabe - que levou ao deslocamento forçado de milhões de palestinos.
Nesse sentido, denunciou o genocídio israelense com a cumplicidade absoluta do governo dos Estados Unidos, que permite a continuação de mais de sete décadas de ocupação ilegal, abusos, ataques e exclusão.
Rodriguez condenou a ofensiva de Tel Aviv e elogiou o trabalho da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo, conhecida como UNRWA.
Da mesma forma, pediu solução abrangente, justa e duradoura para o conflito com base na criação de dois Estados.
Esta saída, acrescentou, deve permitir que o povo palestino exerça seu direito à autodeterminação e tenha um Estado livre e soberano dentro das fronteiras anteriores a 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital e o retorno dos refugiados e das pessoas deslocadas.
O Grupo de Amigos em Defesa da Carta da ONU foi fundado em 2021 e atualmente conta com 18 membros da ONU, incluindo Angola, Cuba, China, República Democrática da Coreia, Nicarágua, Irã, Rússia, São Vicente e Granadinas e Palestina.
Desde sua fundação, é coordenado pela República Bolivariana da Venezuela. (Fonte: PL)