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Havana, 03 de outubro (RHC) Cuba não está sozinha na batalha por sua exclusão da lista norte-americana de Estados patrocinadores do terrorismo, milhares de vozes repudiam uma política que mantém o povo cubano "sob um castigo coletivo ilegal e desumano".
Assim manifestou o jornalista franco-espanhol Ignacio Ramonet em sua carta aberta ao presidente dos EUA, Joe Biden, que conta com mais de 5.800 assinaturas em 119 países, incluindo as do advogado e escritor peruano Héctor Béjar, do dramaturgo e diretor de teatro argentino Carlos María Alsina e da escritora cubana Sonia Rivera, que vive nos Estados Unidos.
Os intelectuais, que obtiveram o Prêmio Literário Casa de las Américas, aderiram à convocação global juntamente com a Associação Internacional de Advogados Democráticos e juristas importantes, como a indiana Niloufer Bhagwat, presidente da Associação Indiana de Advogados, e as norte-americanas Vanessa Ramos, presidente da Associação Americana de Juristas; Suzanne Adely, presidente da National Lawyers Guild, e Whitley Carpenter, presidente da Conferência Nacional de Advogados Negros (NCBL).
Da mesma forma, Carlota Álvarez, da Espanha, codiretora do Festival de Cinema Feminino de Madri, o produtor audiovisual Hans-Peter Weymar e o artista plástico Falk Richwien, ambos da Alemanha, bem como o sociólogo norte-americano William I. Robinson, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.
Dois importantes acadêmicos australianos também assinaram o documento: Frank Stilwell, professor da Universidade de Sydney e autor do estudo A política econômica da desigualdade, e Edward Foley, professor da Universidade de Victoria, também escritor, ator e ativista.
No início de setembro, a emblemática instituição Casa de las Américas, de Havana, promoveu a carta de Ramonet, ao publicar uma convocação exortando todos aqueles que se sensibilizem com o sofrimento diário deste povo a apoiar a nobre iniciativa.
Em sua carta, o escritor e analista político pede ao presidente dos Estados Unidos que repare a "profunda injustiça cometida em 12 de janeiro de 2021 por seu antecessor, Donald Trump, quando, poucas semanas antes de deixar a Casa Branca, decidiu - sem qualquer base legal real - reinscrever Cuba na infame lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo (lista SSOT)".
Durante 65 anos, apesar das tensões que possam ter existido entre os Estados Unidos e Cuba, não se pode citar um único caso de ação violenta em território norte-americano que tenha sido patrocinado, direta ou indiretamente, por Havana. “Nem um só caso", ressaltou o eminente intelectual.
Senhor Presidente, essa situação tem que acabar, pediu Ramonet. O senhor sabe que não há um único argumento válido e razoável para acusar Cuba e manter sua população sob uma punição coletiva ilegal e desumana. O senhor tem a autoridade, antes de deixar a Casa Branca, para corrigir um absurdo tão cruel e retirar Cuba da lista SSOT. Faça isso já! Exigiu o proeminente intelectual no final de sua carta, na esperança de que Biden saiba estar à altura deste momento histórico. (Fonte: Prensa Latina)